Aumentam casos de coqueluche e catapora no Rio de Janeiro
Secretaria Estadual da Saúde acredita que mudanças de clima e confinamento de crianças nas salas de aula podem explicar o aumento
Aumentaram no Rio de Janeiro os casos de coqueluche e catapora, doenças comuns entre crianças, conforme informações divulgadas nesta segunda-feira pela Secretaria Estadual de Saúde. Os casos de coqueluche neste ano somam 186 até agosto – em todo o ano de 2011, foram registrados 166 casos. Somente em 2012 foram confirmados no estado 2.857 casos de catapora, sendo 572 registrados somente em agosto, mês que corresponde à maior incidência do ano.
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CATAPORA
A doença, que tem o nome científico de varicela, é uma infecção altamente contagiosa e causada pelo vírus varicela-zóster. A transmissão é feita pelas vias respiratórias, por partículas transportadas pelo ar contaminadas com o vírus. Os sintomas costumam aparecer de 10 a 21 dias após a infecção e incluem dores de cabeça leves, febre moderada, perda de apetite e mal-estar. De dois a três dias após os primeiros sinais, surgem erupções avermelhadas com coceira. O tratamento pode ser atópico ou com o uso de medicamentos. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2011 foram registradas 69.525 internações por catapora no país.
O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, informou em comunicado que não há uma explicação científica para o aumento das doenças. No entanto, a mudança do clima associada ao período escolar, devido ao confinamento nas salas de aula, pode contribuir para o aumento dos casos.
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Prevenção – Para evitar o contágio das doenças, Chieppe lembra que alguns cuidados devem ser reforçados, como manter em dia a caderneta de vacinação e prestar atenção aos sintomas das doenças. �Os pais devem procurar o serviço de saúde assim que os primeiros sintomas aparecerem.
Veja abaixo as principais dúvidas sobre a coqueluche:
Fonte: Associação Brasileira de Imunizações (SBIm); Isabella Ballalai, diretora da SBIm Nacional e presidente da SBIm-RJ; Jean Carlo Gorinshteyn, infectologista do Hospital Emílio Ribas; Manual Merck de Informação Médica
(Com Agência Estado)