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Anestésico pode curar fobias, diz cientista

Por Da Redação
23 mar 2010, 12h35

Uma equipe de pesquisadores descobriu que o cérebro pode ser “reprogramado” para superar algumas de nossas fobias mais comuns. Cientistas afirmaram que o medo é um hábito que aprendemos e, portanto, seria possível “desligar” a região do órgão responsável por essas emoções.

Testes preliminares mostraram que uma droga a base de lidocaína, injetada em peixes, é capaz de fazer com que os animais não sintam medo.

Pesquisadores do Japão disseram que as descobertas, publicadas na revista especializada BioMed Central, podem ajudar pessoas em todo mundo que sofrem com fobias que afetam substancialmente suas rotinas.

O professor Masayuki Yoshida, da Universidade de Hiroshima, afirmou que os resultados de sua pesquisa são bastante significativos. “Um dia todas as nossas fobias irracionais serão coisas do passado”, vaticinou o especialista. “Imagine se o medo de aranhas, de altura ou de voar pudesse ser curado com uma simples injeção. Nossa pesquisa sugere que isso pode se tornar realidade”, completou o professor.

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Yoshida tem estudado o cerebelo, uma área do cérebro responsável pelo desenvolvimento dos medos nos peixes e nos humanos. Usando o condicionamento clássico, o cientista ensinou os peixes a sentirem medo de luz. “O sentimento era demonstrado pelo aumento dos batimentos cardíacos, uma reação comum causada pelo medo”, explicou Yoshida.

Os especialistas, então, injetaram nas cobaias uma substância utilizada como anestésico local chamada lidocaína. Na sequência, repetiram os testes expondo os peixes a feixes de luz.

O professor Yoshida disse que, após a manutenção da droga, as cobaias não demonstram qualquer sinal de medo. “Descobrimos que os peixes que receberam a injeção de lidocaína no cerebelo não tiveram qualquer alteração cardíaca ou medo quando expostos à luz”, explicou o cientista sobre os resultados da experiência.

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O especialista ressaltou ainda que o cérebro dos peixes é muito parecido com o órgão dos mamíferos, o que inclui os humanos, e que o estudo ajudará a entender mais sobre os processos biológicos e químicos que causam o medo nas pessoas.

Nos peixes, os efeitos da lidocaína foram temporários, fato que levou os animais a voltarem a sentir medo da luz assim que o anestésico parou de agir.

Yoshida disse ainda que os humanos podem ser treinados para sentir medo e que muitas das fobias existentes podem estar relacionadas a condicionamentos enraizados na infância.

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