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Na Líbia, Nicolas Sarkozy pede a prisão de Muamar Kadafi

Presidente francês e o premiê britânico fazem 1ª visita ao novo governo do país

Por Da Redação
15 set 2011, 11h00

O ex-ditador líbio Muamar Kadafi deve ser preso e responder judicialmente pelo derramamento de sangue na Líbia desde o início da revolta no país há exatos sete meses. A declaração é do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em visita ao país nesta quinta-feira – a primeira de um chefe de estado desde a queda do coronel e a tomada de poder pelos rebeldes. Sarkozy viajou acompanhado do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e estendeu o pedido de detenção a todos os altos comandantes do regime de Kadafi.

Entenda o caso

  1. • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
  2. • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
  3. • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
  4. • A caçada pelo coronel continua. Logo após ele divulgar uma mensagem em que diz que resistirá ‘até a vitória ou a morte’, os rebeldes ofereceram uma recompensa para quem o capturar – vivo ou morto.

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“O senhor Kadafi deve ser preso e todos aqueles que são acusados (de crimes) sob jurisdição internacional devem ser responsabilizados pelo que fizeram”, destacou o presidente francês durante uma conferência ao lado de Cameron e do presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil. Sarkozy ainda fez um pedido a todas as nações, para que trabalhem em conjunto na busca pelo ex-ditador e seus aliados. “Isso ainda não acabou. Vamos ajudar vocês a encontrar Kadafi e trazê-lo à Justiça”, enfatizou.

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Ainda nesta quinta, Sarkozy e Cameron visitarão Bengasi, reduto rebelde desde o início das manifestações no país. “Estamos prontos para ajudar, mas queremos saber o que é que vocês mais querem fazer. Esse é o momento em que a primavera árabe poderia se tornar um verão árabe e veremos a democracia avançar em outros países também”, declarou Cameron, cujo porta-voz anunciou o desbloqueio de mais de 600 milhões de libras (mais de 1,6 bilhão de reais) para auxiliar o CNT na reconstrução do país.

Segundo o premiê, a liberação dos bens congelados em função de resoluções da ONU é apenas o início. No mesmo discurso em Trípoli, ele anunciou que mais 12 bilhões de libras (32,3 bilhões de reais) em ativos líbios poderão ser entregues ao CNT. “Nós já liberamos 1 bilhão de libras em ativos e se pudermos aprovar a resolução da ONU que vamos apresentar com a França amanhã (sexta), há mais 12 bilhões de libras em ativos só na Grã-Bretanha que buscaremos descongelar”, adiantou.

Apoio – A visita de Cameron e Sarkozy à Líbia é simbólica. Segundo Khaled Amre al Turyuman, secretário do CNT, trata-se da confirmação do apoio da França e da Grã-Bretanha ao povo líbio e à construção de um estado democrático. “Sarkozy tem o direito de ser o primeiro presidente do mundo a ser recebido na Líbia, porque, sem o papel da França, Bengasi e seu povo não poderiam ter levado a revolução a todo o país”, destacou Turyuman, comentando que o objetivo da visita é prestar socorro para o cumprimento deste objetivo e assegurar a estabilidade da Líbia e da região. No entanto, advertiu que a Líbia não aceita nenhuma intromissão em sua política nacional.

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