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KGB bielorrusa investiga suspeitos de atentado a metrô de Minsk

Envolvimento da oposição é descartado

Por Da Redação
12 abr 2011, 16h29

Nesta terça-feira, o Comitê de Segurança do Estado (KGB) da Bielo-Rússia deteve vários suspeitos de envolvimento no atentado a bomba que aconteceu no metrô da capital Minsk na segunda-feira. A explosão, cuja potência equivale a pelo menos três quilos de TNT, deixou 12 mortos e 151 feridos, sendo 40 deles em estado grave.

Três pessoas já foram presas e estão sob interrogatório, segundo o chefe da KGB local, Vadim Zaitsev. “Como principal suspeito, há uma só pessoa. É um homem de até 27 anos, de constituição bastante robusta. Não descartamos a versão de que haja cúmplices, e também cogitamos a possibilidade de participação de um mercenário”, afirmou Zaitsev, complementando que este suspeito ainda não foi detido e sua nacionalidade é desconhecida.

A imprensa local divulgou um retrato-falado do responsável pela explosão em que mostrava um homem com feições típicas do Cáucaso, sugerindo que o atentado pode ter sido cometido por terroristas dessa região, localizada na Europa Oriental. Especialistas em explosivos citados por agências de notícias russas também sugeriram que terroristas islâmicos do norte da Rússia (na região de Cáucaso) estejam por trás do ataque.

A KGB apresentou três possíveis versões para o crime: uma tentativa de desestabilizar o governo local, a ação de um grupo anarquista e a ação isolada de alguém com problemas psíquicos. Existem grupos anarquistas juvenis vinculados à oposição na Bielo-Rússia que participaram de distúrbios após a eleição do presidente Aleksandr Lukashenko, em dezembro passado. Uma generosa recompensa foi oferecida para quem der pistas sobre os responsáveis pelo atentado.

A hipótese de que a explosão ocorrida na estação Oktiabrskaya tenha sido causada por um “terrorista suicida” foi descartada pelo promotor Andrei Shved, que investiga o caso. “É a primeira vez que encaramos algo do tipo. Com quase toda certeza foi uma bomba ativada à distância. A bomba tinha estilhaços, como bolas de aço, peças de metal e cravos”, afirmou.

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O envolvimento da oposição no atentado também foi descartado, pelo veterano político bielorrusso Aleksandr Milinkevich. “A oposição não utiliza métodos radicais”, disse o político à emissora de rádio russa “Eco de Moscou”, afirmou. Segundo o economista Yaroslav Romanchuk, candidato à presidência do país na controvertida eleição de dezembro “é um preço alto demais a ser pago só para obter créditos para uma plataforma política”.

Antes do atentado, a Bielo-Rússia era considerada um exemplo de estabilidade, imune ao terrorismo. É o país que melhor conservou o estilo de vida soviético, com a última economia planificada da Europa. “Foi como uma ducha de água fria. Estava no trem logo atrás e, quando passamos pela plataforma da estação onde houve a explosão, pensei que estava em Israel ou na Rússia. Era algo surreal. Em Bielo-Rússia não acontecem essas coisas”, disse Yaroslav Romanchuk, político opositor e ex-candidato à presidência.

(Com agência EFE)

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