EUA negam que objetivo na Líbia seja derrubar Kadafi
Segundo líderes da operação "Odisseia do Amanhecer", o objetivo da missão é proteger os civis com uma zona de exclusão aérea
O objetivo imediato da coalizão internacional, que coordena a operação “Odisseia do Amanhecer” na Líbia, é proteger os civis com uma zona de exclusão aérea e não necessariamente tentar derrubar o líder Muamar Kadafi, disse neste domingo o responsável do exército dos Estados Unidos. “O objetivo do Conselho de Segurança das Nações Unidas realmente é a cidade de Bengasi e proteger os civis”, disse o almirante Michael Mullen à Fox News, referindo-se ao reduto dos rebeldes no leste da Líbia.
“Não se trata de ir atrás de Kadafi ou atacá-lo nesse momento em particular”, disse Mullen, chefe do Estado Maior Conjunto americano. “Trata-se de alcançar esses estreitos e relativamente limitados objetivos, para que Kadafi deixe de matar seu povo e seja possível proporcionar ajuda humanitária”, completou.
Esses comentários ocorrem depois que uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha iniciou neste sábado sua ofensiva contra o regime de Kadafi. O presidente Barack Obama, no entanto, descartou a mobilização de tropas terrestres no que chamou de uma “ação armada limitada”. A Espanha ofereceu seis caças F-18 e uma fragata F-100 para dar suporte à ação militar. O Canadá, por sua vez, enviou 18 caças para uma base italiana na Sicília. A Itália, posicionou parte da sua frota aérea militar na ilha de Chipre, no Mediterrâneo, próximo à costa da Líbia. Até o começo da noite deste sábado, os três países não haviam se envolvido diretamente nos bombardeios.
(Com agência France-Presse)