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Autor do 11 de setembro será julgado em Guantánamo

O secretário de Justiça dos EUA formalizou o anúncio nesta segunda-feira

Por Da Redação
4 abr 2011, 19h17

“Há uma coisa na qual todos estamos de acordo: levar os terroristas para a Justiça”

Secretário de Justiça americano, Eric Holder

Khalid Sheikh Mohamed, autor confesso dos ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, será julgado por uma comissão militar na Baía de Guantánamo em vez de um tribunal civil norte-americano. O secretário de Justiça, Eric Holder, compareceu nesta segunda-feira em público para explicar que a Casa Branca, apesar de continuar considerando que a melhor forma de aplicar justiça aos autores do massacre é seguir com os tribunais federais, foi obrigado a voltar atrás com a decisão.

Assim, o suposto “cérebro” dos ataques que deixaram quase 3 mil pessoas mortas Mohamed, e seus quatro cúmplices, Walid bin Attash, Ramzi bin al-Shibh, Ali Abdul Aziz Ali e Mustafa Al Hawsawi, serão julgados perante uma corte militar e em Guantánamo. Para Holder, o único culpado é o Congresso, que impediu o Governo de levar os detidos de Guantánamo ao território americano para serem julgados, uma das medidas previstas pela Casa Branca.

Holder chegou a anunciar no fim de 2009 que Mohamed e quatro de seus supostos aliados no planejamento dos ataques seriam julgados em tribunais federais no coração de Manhattan, o que despertou preocupações de segurança e críticas sobre os direitos concedidos a eles.

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Intromissão – O secretário de Justiça criticou com dureza a “indesejada” intervenção dos legisladores e lembrou as palavras do presidente Barack Obama, que acusou os republicanos de “minarem e restringirem os esforços antiterroristas, e portanto porem em perigo a segurança nacional”. “A decisão de quem, como e onde se julga alguém sempre foi, e deve seguir sendo, responsabilidade do Executivo. Os membros do Congresso simplesmente não têm acesso às provas e informações necessárias para processar assuntos de procedimento”, disse.

O secretário de Justiça não negou que os obstáculos impostos pelo Congresso “deixaram o Governo de mãos atadas de uma maneira que pode ter sérias consequências”, por isso que anunciou que tratarão de apelar para reverter as decisões. Perante a evidência que os recursos demorarão a serem resolvidos, e para evitar novas demoras no julgamento pelos atentados ocorridos há quase 10 anos, o Departamento de Justiça decidiu que os juízos se realizem no marco da justiça militar e sem sair de Guantánamo.

“Há uma coisa na qual todos estamos de acordo: levar os terroristas para a Justiça”, disse Holder, que garantiu ter “plena fé e confiança que as comissões militares conduzir o caso como procede”.

(Com agência Reuters e France-Presse)

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