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Santos tricampeão da América (e dos desfalques): brilho individual é elemento essencial na receita para a conquista

Durante toda a campanha, sempre faltava alguém no time. Mas Elano, Ganso e principalmente Neymar cederam os lampejos que garantiram a Libertadores

Por Da Redação
23 jun 2011, 00h31

Ninguém teve papel mais crucial para a conquista que Neymar – mesmo entrando em todas as partidas como alvo principal de todos os marcadores

Para conquistar a América depois de quase meio século, o Santos teve um ingrediente decisivo e indispensável para os grandes times de futebol da história: o talento. Nos últimos anos, muitos bons times brasileiros – como o Cruzeiro de 2009, o Fluminense de 2008 e o Grêmio de 2007 – acabaram deixando o título da Libertadores escapar, mesmo contando com jogadores competentes e elencos bastante completos. Mas faltou o brilho individual capaz de mudar a história de uma partida. Na campanha do Santos campeão da Libertadores de 2011, depois da vitória contra o Peñarol, na noite de quarta-feira, em São Paulo, isso é o que se destaca mais: o time amargou desfalques por suspensão e contusão durante toda a competição. Ainda assim, superou os momentos mais delicados justamente por ter jogadores capazes de desequilibrar.

A experiência e a versatilidade de Elano, por exemplo, pesaram em vários momentos importantes – como no golaço de falta contra o Colo-Colo, do Chile, ainda na primeira fase. Paulo Henrique Ganso perdeu muitos jogos por causa de contusões, mas sua categoria também foi essencial para o título: na partida contra o Cerro Porteño, em Assunção, ajudou a equipe a garantir uma vitória importantíssima. Mas ninguém teve papel mais crucial para a conquista que Neymar. Ele foi a grande estrela da campanha vitoriosa da equipe na Libertadores – mesmo entrando em todas as partidas como alvo principal de todos os marcadores. Ainda que fosse perseguido implacavelmente pelos zagueiros, acabava ajudando o time, já que pendurava os marcadores com cartões amarelos e, ao concentrar as atenções dos adversários, abria espaço para que os outros brilhassem.

A qualidade técnica do trio de craques santistas foi suficiente para superar um problema frequente da equipe. A trajetória poderia ter sido bem mais suave se o Santos tivesse conseguido escalar um time próximo do ideal em todos os jogos. O mais perto que chegou disso foi só no segundo jogo da final, contando com o retorno de Edu Dracena, Ganso e Léo. Só faltou o lateral Jonathan para escalar a equipe projetada como titular no começo do ano. Não foram só os três jogadores mais conhecidos do time, contudo, que tiveram atuações de gala. O goleiro Rafael, por exemplo, foi o grande responsável pela classificação no jogo de volta contra o América, do México, nas oitavas. Nesse jogo, aliás, o Santos contrariou outra expectativa sobre sua campanha na Libertadores. O time jogou fechado, marcando muito, sem dar show – mas garantindo o resultado.

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A partida contra os mexicanos foi uma das primeiras de Muricy no comando da equipe, e sua contratação, para substituir o interino Marcelo Martelotte, tinha sido marcada justamente pela discussão pública em torno do tipo de futebol que a direção santista esperava de seu treinador. Conhecido pelo pragmatismo, Muricy chegou sob pressão para honrar o que se chamou de “DNA ofensivo” do Santos. Ninguém mais deu bola para a controvérsia depois que Muricy foi ganhando jogos, garantindo o avanço do time na competição, fazendo a equipe funcionar. Mesmo com jogadores capazes de apresentar lances espetaculares, o Santos que conquistou o tricampeonato da Libertadores não ficará marcado como equipe que sempre dava espetáculo. Não importa: agora, o clube pode dizer que foi campeão da América também sem Pelé, na Libertadores de Neymar e Muricy.

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