Negros e mulheres são minoria na direção de seriados, diz estudo
Segundo pesquisa do Sindicato dos Diretores Americanos, 81% dos profissionais contratados na última temporada eram brancos e 86%, homens
Na esteira da controvérsia sobre a série brasileira Sexo e as Negas, acusada de racismo em denúncias encaminhadas à Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), uma pesquisa do Directors Guild of America (o Sindicato dos Diretores Americanos) constatou que negros e mulheres estão em desvantagem quando o assunto é a direção de séries de televisão. Segundo o estudo, 81% dos diretores contratados na última temporada de exibição dos seriados americanos, entre 2012 e 2013, são brancos e 86% são homens.
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A pesquisa levou em consideração mais de 3 500 episódios de programas de televisão aberta, por assinatura e de serviços de internet. Homens caucasianos foram responsáveis por 69% dos episódios, já homens de outras etnias assinaram 17% dos capítulos. Mulheres caucasianas dirigiram 12% dos episódios e mulheres de outras etnias apenas 2%.
“É assustadoramente difícil convencer as pessoas que estão por trás das contratações a fazer pequenos melhoramentos em suas práticas”, afirma no estudo o presidente do DGA, Paris Barclay, diretor de episódios de séries como ER (1994-2009), The West Wing (1999-2006), CSI (desde 2000 no ar) e Lost (2004-2010). “As pessoas costumam dizer que todos são responsáveis por diversidade, mas, no fim das contas, isso é uma forma de dizer que ninguém vai assumir essa responsabilidade.”