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FMI vai admitir falhas em resgate à Grécia, diz WSJ

Jornal norte-americano afirma ter tido acesso à documento em que o Fundo afirma ter subestimado os danos das exigências à economia grega

Por Da Redação
5 jun 2013, 19h56

Em uma avaliação crítica da sua própria forma de lidar com a crise financeira na zona do euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve divulgar um documento oficial admitindo publicamente lapsos grandes no resgate à Grécia, que recebeu uma das maiores ajudas financeiras já concedidas pelo FMI. Em um documento interno marcado como “estritamente confidencial”, visto pelo jornal norte-americano Wall Street Journal, o Fundo afirma que subestimou os danos que suas exigências de austeridade causariam à economia da Grécia, mas frisou que a resposta à crise grega concedeu tempo à zona do euro para limitar o contágio para o resto da Europa.

Uma versão do documento deve ser divulgada na quinta-feira e será a mais significativa de uma série de análises do FMI nos últimos meses, que tentam avaliar o envolvimento da instituição na crise da zona do euro.

O FMI admitiu que flexibilizou as próprias regras para fazer com que a dívida grega parecesse sustentável e que, em retrospecto, o país não cumpriu três de quatro critérios que o qualificariam para o resgate. Nos últimos três anos, uma série de autoridades do Fundo, incluindo a diretora-gerente, Christine Lagarde, repetidamente afirmaram que a dívida da Grécia era “sustentável” e que seria paga completamente e dentro do prazo.

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O documento descreve as incertezas em torno do resgate à Grécia como “tão significativas, que a equipe não foi capaz de afirmar com grande probabilidade que a dívida pública era sustentável”. O FMI admitiu ainda que foi muito otimista em relação às perspectivas de uma volta do governo ao mercado de financiamento e à sua capacidade política de implementar as condições do programa de resgate.

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O maior benefício do resgate de 2010 não foi tanto em relação à Grécia, mas em relação à zona do euro como um todo, sugere o documento. O resgate “deu à região tempo para proteger outros membros vulneráveis e evitar efeitos potencialmente severos à economia global”.

O FMI uniu forças com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) em 2010, formando a chamada troica, para gerenciar o primeiro resgate de 110 bilhões de euros (144,03 bilhões de dólares) à Grécia. Os três continuaram a gerenciar o segundo resgate, que ocorreu em 2012, e são responsáveis também pelos resgates à Irlanda, Portugal e Chipre.

(com Estadão Conteúdo)

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