Crédito mais caro e prazos menores para o financiamento atrapalharam, mas não conseguiram conter as vendas de carros novos. O mês de maio foi o melhor do ano para o setor e o recorde para meses de maio, com 318.600 veículos vendidos, incluindo caminhões e ônibus. Em 2011, os negócios somam 1,43 milhão de unidades, 8,8% mais que em igual período de 2010.

O resultado, segundo dados do mercado, é 10,2% maior que o de abril e 26,9% superior ao de um ano atrás. Só no segmento de automóveis e comerciais leves foram vendidas 1,35 milhão de unidades, sendo 300.600 em maio. “Sem o pacote de contenção ao crédito, adotado a partir de dezembro, o crescimento teria sido maior”, diz Fernando Trujillo, consultor da CSM WordWide.

Ele calcula que as ações do governo impeçam a venda, até o fim do ano, de 100.000 a 120.000 carros. Ainda assim, Trujillo prevê ano recorde, com vendas de 3,6 milhões de veículos – estimativa similar à da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Trujillo ressalta que a competição entre as marcas, acirrada pela chegada dos importados, principalmente chineses e coreanos, tem ajudado a aumentar as vendas, pois os preços dos carros não estão sendo reajustados – sendo que, pelo menos 20% das vendas são de modelos importados. Outro destaque é que o mês de maio teve 22 dias úteis, enquanto abril, 19. Por esse cálculo, as vendas diárias caíram 5%, de 15,2 mil unidades para 14.400.

(Com Agência Estado)