Venda da BR Distribuidora foi descartada em reunião do Conselho da Petrobras
Silvio Sinedino, representante dos funcionários da petroleira no Conselho de Administração, relata que essa foi a informação passada pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, em reunião de conselho
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, declarou na última reunião do Conselho de Administração da empresa que a BR Distribuidora não será vendida. A informação foi dada pelo conselheiro que representa os funcionários da petroleira, Silvio Sinedino. O conselheiro fez uma transmissão ao vivo pelo site YouTube para relatar fatos tratados na última reunião do Conselho, na quinta-feira passada.
A petroleira estatal aprovou recentemente um plano para vender 13,7 bilhões de dólares em ativos no biênio 2015 e 2016. Durante a transmissão, Sinedino destacou ainda que a Petrobras têm demitido muitos de seus funcionários terceirizados.
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Conflito – O conselheiro também se declarou contra a nomeação do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ou do presidente da Vale, Murilo Ferreira, para presidir o Conselho de Administração. “Como pode um credor ser o presidente do Conselho de Administração, acho que há um conflito claro de interesses”, afirmou Sinedino.
Coutinho, que já era conselheiro, assumiu a cadeira da presidência na última reunião do Conselho e permanecerá de forma interina até que Ferreira ocupe a vaga, na Assembleia Geral dos Acionistas, marcada para 29 de abril. Depois disso, Coutinho deve permanecer como conselheiro. Ele também afirmou que a Vale pode ser sócia da Petrobras em algum ativo, o que também poderia configurar conflito.
Minoritários – Sinedino disse também que a decisão do membro do Conselho eleito pelos acionistas minoritários, Mauro Cunha, de não concorrer a um novo mandato. Segundo Sinedino, ele e Cunha têm ideologias diferentes, mas ambos querem que a Petrobras se recupere da atual crise e também não concordam com a forma como o Conselho tem tomado decisões.
Em nota, Cunha afirmou que deixa o conselho devido a uma “frustração pessoal com a incapacidade do acionista controlador em agir com o devido grau de urgência para a reversão dos inúmeros problemas que trouxeram a Petrobras a sua atual situação”. Para Sinedino, o Conselho virou um “homologador das decisões do governo”. Procurada, a Petrobras comentou as declarações.
(Com agência Reuters)