SÃO PAULO, 17 de novembro (Reuters) – O vazamento de petróleo no fundo do mar, em área de exploração operada pela norte-americana Chevron, na bacia de Campos, diminuiu mas persiste, mesmo após os trabalhos iniciais para selar o poço exploratório que pode ter causado o incidente.
De acordo com comunicado da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), imagens de um equipamento operado remotamente fornecidas pela Chevron mostraram redução do vazamento no local, ante os volumes iniciais que foram estimados entre 220 e 330 barris por dia.
A Chevron iniciou na quarta-feira a cimentação do poço exploratório.
Técnicos da ANP acreditam que pressões criadas pela perfuração deste poço possam ter provocado a fenda no fundo marinho por onde começou a fluir petróleo. Com o fechamento e abandono do poço, a Chevron espera que o vazamento cesse.
O caso está sendo avaliado pela ANP, em processo administrativo, e poderão ser aplicadas “medidas cabíveis na legislação em vigor”, segundo a agência.
Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo informou que a Polícia Federal abriu inquérito para apurar possível negligência da Chevron no tratamento do vazamento.
Segundo o jornal, o delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, disse que há divergências entre o que a empresa disse que está fazendo e o que policiais verificaram, inclusive durante sobrevoo ao local do vazamento, como sobre o número de embarcações atuando na contenção.
O jornal também cita dados de entidades não-governamentais dizendo que o vazamento, segundo análise de fotos de satélites, teria sido muito maior do que o informado.
(Reportagem de Marcelo Teixeira)