S&P eleva nota da Grécia — mas vê risco de saída da zona do euro
Segundo a agência, calote da dívida do país não é inevitável, mas ainda assim há chances de saída do Eurogrupo
Por Da Redação
21 jul 2015, 16h08
A agência de classificação de riscos Standard & Poor’s elevou o rating da Grécia de CCC- para CCC+, o que representa uma leve melhora no ranking de países com grau especulativo, ou seja, que não são considerados um porto seguro para investimentos. A perspectiva da nota é estável.
Segundo a S&P, o rating reflete a visão de que um calote da dívida grega “não é inevitável nos próximos doze meses”. A mudança da nota ocorre dias após a aprovação, pelo parlamento grego, do novo pacote de resgate à Grécia, que requer a execução de inúmeras medidas de austeridade fiscal.
Os analistas avaliam, contudo, que ainda há a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, embora isso tenha sido reduzido nos últimos dias. “Nós avaliamos que a possibilidade de uma saída é menor que 50% no nosso horizonte de projeções, que vai até 2018. Mas o risco de uma saída ainda é alto, principalmente se o governo não conseguir implementar com sucesso seu ambicioso programa de austeridade”, diz o texto.
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Dívidas – Na segunda-feira, a Grécia quitou sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que somava cerca de 2 bilhões de euros, e com a Comissão Europeia (CE), de cerca 4,2 bilhões de euros. O pagamento acontece após a CE ter confirmado o desembolso dos 7,16 bilhões de euros de financiamento de urgência concedido à Grécia.
“Posso confirmar que a Grécia pagou tudo o que estava atrasado ao FMI, o equivalente a cerca de 2 bilhões de euros. Portanto, a Grécia já não está em moratória”, disse Gerry Rice, porta-voz de do FMI em comunicado. Rice ainda reiterou a disposição do organismo “para continuar a assistência à Grécia em seus esforços para voltar à estabilidade financeira e ao crescimento”.
Bancos – Na manhã desta segunda, os bancos gregos retomaram suas atividades, depois de três semanas de fechamento decidido pelo governo para proteger o sistema bancário, fragilizado pelos saques em massa de dinheiro. No entanto, o controle de capitais, o limite de saques (60 euros por dia) e as transferências para o exterior (com algumas exceções) continuam vigentes.
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