Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

SP deve perder quase R$ 15 bi com reforma do ICMS

Perdas devem ocorrer nos próximos nove anos, caso a reforma apresentada pelo governo federal seja aprovada em novembro

Por Da Redação
21 nov 2012, 12h27

O estado de São Paulo estima que deixará de arrecadar 14,8 bilhões de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos próximos nove anos, caso a proposta de reforma do tributo apresentada pelo governo federal este mês seja aprovada. O número foi apresentado na semana passada pelo governador Geraldo Alckmin, em reunião com a bancada paulista.

“Ele falou dos impactos, mas a avaliação sobre a proposta do governo é positiva, porque ajudará a reduzir a guerra fiscal”, afirma o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), um dos presentes ao encontro. “Essa perda é insuportável, se não houver compensação”, diz o secretário de Fazenda, Andrea Calabi. No entanto, a promessa do governo federal é criar um fundo de valor ilimitado que protegerá os estados das quedas na receita decorrentes da mudança. “O problema é que essa perda vem a cavalo de todas as outras”, continua o secretário.

Ele deu como exemplo a Proposta de Emenda Constitucional que trata da tributação do comércio eletrônico, com impacto de 2,5 bilhões de reais nos cofres paulistas a cada ano. Há ainda a discussão sobre a nova divisão dos royalties do petróleo e sobre a nova configuração do Fundo de Participação dos Estados (FPE). “São boas iniciativas, mas com resultados muito desafiadores para São Paulo.”

Tudo junto – Na reunião com os deputados e senadores, Alckmin pediu um esforço para que esses assuntos sejam examinados em conjunto, e não “fatiados”, como vem ocorrendo. O temor é que, ao individualizar as discussões, as perdas para o estado sejam maiores do que se os temas fossem examinados juntos. Essa seria a forma mais lógica, reconhecem técnicos da área econômica federal, mas politicamente impossível de negociar.

Para o ICMS, o governo federal propôs fixar em 4% a alíquota interestadual nas operações em que uma mercadoria é produzida num Estado e consumida em outro. Hoje, as alíquotas são de 12% e 7%. Elas são calibradas de forma a beneficiar os Estados menos desenvolvidos.

Continua após a publicidade

Parece simples, mas é justamente aí que as conversas estão empacadas no nível técnico há mais de um mês. Formou-se uma clara divisão, segundo relata o secretário de Fazenda do Maranhão, Cláudio Trinchão, que é coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), foro que reúne todos os secretários estaduais de Fazenda. De um lado, Sul e Sudeste se alinham com a proposta do governo, de 4%. De outro, Norte, Nordeste e Centro-oeste querem duas alíquotas: 2% e 7%.

Como forma de pressão, São Paulo colocou a seguinte oferta sobre a mesa: Norte, Nordeste e Centro-oeste aceitam a alíquota de 4%. Em troca, o estado concorda em legalizar todos os incentivos concedidos no passado como parte da guerra fiscal.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.