Solidão pós-Natal estimula procura por site de relacionamentos
Gerente do site 'Mi Media Manzana' diz que quantidade de acessos chega a triplicar após feriado, impulsionando o mercado de paquera online
Para muita gente, o Natal não é uma boa época para passar sozinho. Por isso, depois das comemorações natalinas, mais pessoas saem em busca de um parceiro, algo que as empresas de relacionamento online na América Latina sabem muito bem. “O dia 26 de dezembro é para a busca do parceiro ideal assim como o 1º de janeiro é para deixar de fumar”, afirmou o gerente do site “Mi Media Manzana” (Minha Metade da Maçã), Pedro Neira, um espanhol de 35 anos que morou quase a vida toda no Peru.
Neira destacou que, depois do Natal, pode chegar a triplicar a quantidade de pessoas que busca a cara-metade pela internet, um mercado cada vez mais em expansão. Esse setor movimenta por ano no mundo mais de 3 bilhões de dólares. Todos os anos, principalmente nas festas de Natal, solteiros e separados são atormentados com perguntas como “E o namorado?”, “Vai casar quando?” ou alertas do tipo “Cuidado ou vai ficar pra titia”.
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A rede Mimediamanzana.com conta com 150 mil clientes entre os quatro países onde, por enquanto, está presente (Peru, México, Chile e Colômbia) e seus sites recebem 250 mil visitas por mês. Apenas na Colômbia há 8 milhões de solteiros. O número dá uma ideia do potencial deste mercado.
O site nasceu com intenção de levar à América Latina de língua espanhola a paquera virtual, uma indústria que já tem mais de 20 anos nos Estados Unidos e na Europa e mais de dez anos no Brasil. Neira acredita que o preconceito que esse serviço despertou inicialmente nos mais conservadores já desapareceu.
“Há 20 anos, esse preconceito também existia nos Estados Unidos. Havia um estigma social negativo sobre os que usavam este tipo de serviço. Hoje, está completamente eliminado. É socialmente aceitável, comum e cotidiano utilizar um aplicativo ou página de encontro online. É tão ou mais comum do que ir a uma boate ou um bar buscando encontrar alguém”, comentou.
(Com agência Efe)