Serviços desacelera e tem o 2º pior resultado da série histórica
Após crescer 6,1% em março, segmento voltou a perder fôlego e só avançou 1,7% em abril, segundo IBGE
Sob impacto do desaquecimento da economia brasileira, o setor de serviços voltou a desacelerar em abril após crescer 6,1% em março. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, o segmento registrou uma alta na receita nominal de 1,7% em abril ante o mesmo mês do ano passado. Trata-se do segundo menor resultado da série histórica iniciada em janeiro de 2012 – o pior foi verificado em fevereiro, com crescimento de 0,9%.
No acumulado dos últimos doze meses até abril, o setor de serviços cresceu a uma taxa de 4,3%, a menor da série para esta base de comparação. No acumulado do ano, o avanço foi de 2,6% – o pior desempenho do primeiro quadrimestre desde 2012.
Segundo o IBGE, o resultado foi puxado principalmente pelo fraco desempenho de três atividades – serviços prestados às famílias, transportes e comunicação.
O primeiro, que envolve restaurantes, lojas e hotéis, teve uma alta de apenas 1,2% em abril ante o mesmo mês de 2014 – é o menor índice registrado desde que começou a ser calculado. De acordo com o instituto, a queda da massa salarial tem levado as famílias a cortarem gastos considerados não essenciais.
Já o de transportes, que avançou apenas 1% em abril, foi influenciado pelo desaquecimento da atividade da indústria, sobretudo a automobilística, que passa por uma crise devido ao aumento dos estoques e a falta de demanda para escoá-los.
No segmento de informação e comunicação, o indicador registrou queda de 0,1% em abril ante o mesmo mês do ano passado. Segundo a pesquisa, isso pode ser explicado pelo corte de despesas promovido nas áreas de publicidade e propaganda e de agências de notícias por parte das empresas e dos governos federal, estaduais e municipais.
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(Da redação)