Recall de carros da Volkswagen começará em janeiro

Em entrevista a jornal alemão que será publicada nesta quarta-feira, presidente da empresa, Matthias Mueller, disse que trabalho será concluído até o fim de 2016

Por Da Redação
6 out 2015, 21h23

Matthias Müller, novo presidente da Volks (VEJA.com/AFP)

O presidente da Volkswagen, Matthias Müller, disse em uma entrevista a um jornal alemão que a companhia vai iniciar em janeiro um recall dos carros afetados pela fraude de testes de emissão de poluentes promovida pela empresa. O programa vai durar até o final de 2016.

“Se tudo ocorrer de acordo com o plano, nós poderemos começar o recall em janeiro. Todos os carros deverão ser consertados até o final de 2016”, disse Müller ao Frankfurter Allgemeine Zeitung. O jornal forneceu uma cópia da entrevista antes da publicação, que ocorrerá nesta quarta-feira.

Müller disse ao periódico que acredita que apenas alguns empregados estão envolvidos na fraude que envolveu manipulação de testes de emissão de poluentes de motores a diesel. Ele refutou a tese de que seu predecessor, o detalhista Martin Winterkorn, tinha que ter conhecimento sobre a fraude.

O novo presidente da Volkswagen disse que a companhia terá que ficar menor e menos centralizada, adicionando que todo modelo e marca do grupo será avaliado para determinar sua contribuição para a companhia. Mas o executivo também afirmou que uma “evolução”, e não uma “revolução”, será necessária para que a companhia se recupere, prevendo que o grupo poderá “brilhar de novo” em dois a três anos.

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“Esta crise nos dá uma oportunidade para modernizar as estruturas da Volkswagen”, disse Müller. “Nós queremos fazer uma companhia menor, mais descentralizada e dar às marcas mais responsabilidade.”

Müller rejeitou a sugestão de que a Volkswagen informou aos mercados financeiros tarde demais sobre os problemas, mesmo tendo informado sobre a descoberta da fraude a autoridades da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) semanas antes de tornar o fato público.

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(Com Reuters)