Produção de veículos cai 9% em outubro
Segundo a Anfavea, foram produzidos 293,3 mil automóveis no mês passado. Com o resultado, produção acumula baixa de 16% no acumulado do ano
(Atualizado às 12h40)
A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro atingiu 293.300 unidades em outubro, queda de 2,5% sobre setembro e recuo de 9% sobre o mesmo mês do ano anterior, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta quinta-feira. Com o resultado de outubro, o setor registra baixa de 16% na produção no acumulado do ano, para 2,68 milhões de unidades.
Já as vendas de automóveis atingiram juntas 306.859 unidades em outubro, alta de 3,6% na comparação com setembro e recuo de 7,1% ante outubro de 2013. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, os emplacamentos chegaram a 2, 83 milhões unidades, baixa de 8,9% sobre igual período do ano passado.
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Exportações – Afetada pela retração do mercado argentino, a exportação da indústria despencou 54,6% em outubro sobre um ano antes, para 23.503 veículos. No ano, as vendas externas do setor acumulam queda de 40,4%, para 284.810 unidades. A previsão da Anfavea para as exportações é de 401.000 veículos, o que seria uma queda de 29% sobre 2013.
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Perspectivas – O desempenho está longe da previsão da entidade, de queda de 10% na produção de 2014, para 3,339 milhões de veículos, e recuo de 5,4% nas vendas, para 3,564 milhões de unidades.
“Mantemos as projeções, mas confesso que estamos com viés negativo, pois sabemos da dificuldade de se licenciar 3,564 milhões de unidades”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
Segundo ele, as vendas do início de novembro estão mostrando média por dia útil de 15.000 unidades, ante nível de 13.000 em outubro. Moan disse que o aumento é sustenta a manutenção das projeções, além da esperada sazonalidade de vendas mais fortes em novembro e dezembro e eventual antecipação de compras por consumidores antes do prometido fim do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), no fim do ano.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)