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Presidente da Toshiba se demite após escândalo de fraude contábil

Decisão foi motivada por revelação de que ele e outros funcionários ampliaram artificialmente os lucros da empresa em US$ 1,2 bilhão ao longo de sete anos

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h29 - Publicado em 21 jul 2015, 10h26

O presidente da Toshiba, Hisao Tanaka, renunciou ao cargo nesta terça-feira. A decisão ocorre após uma investigação externa indicar que ele e outros funcionários da empresa protagonizaram um escândalo de contabilidade pelo qual a companhia japonesa de produtos eletrônicos ampliou artificialmente seus lucros em mais de 1,2 bilhão de dólares ao longo de sete anos. “Vejo isso como o evento mais danoso para nossa marca nos 140 anos de história da companhia”, disse Tanaka em entrevista coletiva após o curvar-se em penitência diante das câmeras.

Para deixar para trás o que um painel independente descreveu como um problema “sistêmico”, a Toshiba anunciou uma grande reorganização da diretoria, com a saída de dezesseis membros do conselho. A mudança inclui Tanaka, que era executivo-chefe desde 2013, e seu antecessor, Norio Sasaki, que vinha atuando como vice-presidente.

O presidente do conselho da empresa, Masashi Muromachi, vai atuar como executivo-chefe interinamente e, segundo a empresa, mais mudanças na diretoria serão anunciadas até o fim deste mês.

Fraude – Em um relatório de 300 páginas que se tornou público nesta terça, a investigação externa contratada pela Toshiba apontou que os três últimos executivos-chefes da empresa tiveram papel ativo na elevação artificial do lucro operacional da companhia desde 2008.

Segundo o documento, os executivos pressionaram intensamente as unidades de negócios da Toshiba a alcançarem metas de lucro irrealistas. Algumas vezes a diretoria emitia as metas pouco antes do fim de um trimestre ou um ano, encorajando os diretores das unidades a “esquentarem” os registros.

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“Os procedimentos impróprios de contabilidade foram realizados continuamente como uma política da diretoria”, diz o relatório. “Era impossível para qualquer um ir contra essa intenção em meio à cultura corporativa da Toshiba”, acrescenta o documento.

A empresa tem de apresentar em setembro suas contas do período de 2014/2015 ante uma assembleia geral extraordinária de acionistas, que terá também de aprovar a nomeação do novo presidente.

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O vice-primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, expressou decepção com o episódio. “Estou totalmente desapontado porque isso pode afetar a confiança do investidor no mercado japonês”, disse. O governo de Abe tem se esforçado para mostrar maior transparência entre as companhias locais e atrair mais investidores estrangeiros ao país.

(Com Estadão Conteúdo)

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