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Petrobras gasta R$ 900 mi a mais sem reajuste da gasolina

A estatal negocia aumento da gasolina e do óleo diesel, mas governo espera estabilidade do câmbio e da inflação para autorizar o reajuste

Por Da Redação
28 ago 2013, 09h40

Sem o reajuste dos combustíveis que vem pedindo ao governo, a Petrobras deverá gastar cerca de 900 milhões reais mensais a mais com importações. O cálculo foi feito pelo Itaú BBA. Esse gasto adicional, calcula a corretora, elevará a relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, imposto, depreciação e amortização) para 4,2 vezes até o fim de 2014 e a relação dívida líquida/capital total a 46%.

A estatal já encaminhou pedido de reajuste, mas ainda não teve autorização para subir os preços. A Petrobras é penalizada com a defasagem entre os preços internos e a cotação internacional de derivados de petróleo, situação que se agravou nos últimos meses, com a forte valorização do dólar, que acumula alta de mais de 7% no ano e cotação próxima a 2,40 reais.

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Diante dessa situação, o que se discute nos bastidores é que o governo já decidiu autorizar novo reajuste para a gasolina e o óleo diesel neste ano, mas a presidente Dilma Rousseff quer esperar que o câmbio e a inflação estejam sob controle anunciar o aumento da gasolina e do óleo diesel.

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O óleo diesel já foi reajustado duas vezes neste ano – 6,6% em janeiro e 5% em março. A gasolina teve aumento de 5,4% na refinaria em janeiro. Contudo, o governo não tem mais espaço para neutralizar um novo aumento, já que zerou o imposto da gasolina (Cide) e elevou ao teto a mistura de etanol.

A presidente avisou à estatal e aos auxiliares envolvidos com os cálculos do reajuste, segundo uma fonte graduada do governo, que aguardará a “acomodação” do câmbio numa “banda mais estável” de variação. E também quer projeções da área econômica sobre eventuais impactos de um choque de oferta global nas commodities agrícolas, causado por nova quebra de safra nos Estados Unidos.

Inflação – Dilma quer ter segurança sobre o “espaço na inflação” que o governo terá para amortecer seu efeito nos índices de custo de vida. O adiamento do reajuste é uma aposta na “convergência” dessas variáveis para estreitar o aumento. O governo já “precificou” que, a partir de agosto, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, voltará a subir. “Todo ano é assim. Por isso, vamos esperar essas duas variáveis para decidir o tamanho do reajuste”, informou a autoridade.

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Esse “espaço” será decisivo para dimensionar o aumento nos preços na refinaria, uma medida considerada altamente impopular, mas necessária para reduzir as perdas da petroleira estatal com esses combustíveis.

(com Estadão Conteúdo)

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