Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pequim anuncia manutenção de medidas para conter queda da bolsa

Governo chinês continuará comprando ações e estimulando o crédito para o mercado financeiro com o objetivo de impedir o derretimento da bolsa

Por Da Redação
27 jul 2015, 15h45

A Comissão Reguladora do Bolsa de Valores da China (CRMV) afirmou que bancos estatais continuarão a política de compra de ações para tentar estabilizar as bolsas chinesas, depois de a de Xangai desabar 8,48% nesta segunda-feira, sua pior queda em oito anos.

O porta-voz da CRMV, Xiao-Jun Zhang, disse em entrevista à agência de notícias chinesa Xinhua que a entidade estatal que concede crédito aos corretores da bolsa continuará com estas aquisições diante das especulações de que Pequim tinha decidido abandonar suas tentativas de salvar o mercado e deixar os pregões caírem por si mesmos, após um ano de bolha da bolsa.

Xiao-Jun também afirmou que a comissão está investigando suspeitas de vendas maciças de ações por parte de alguns indivíduos e poderia punir operações “maliciosas”.

LEIA TAMBÉM:

PIB da China surpreende e avança 7% no 2º trimestre

Continua após a publicidade

Entenda a crise que penaliza a bolsa chinesa

China corta juros para estimular a economia

As bolsas chinesas sofreram, nesta segunda-feira, sua maior queda desde 2007, perdendo 8,48% no índice de Xangai, o referencial dos pregões chineses, e 7,59% no Shenzhen, apenas duas semanas após começar a se recuperar de seu pior mês, quando chegaram a perder um terço de seu valor.

Mais da metade dos valores que cotam em ambos os mercados, cerca de 1.600 empresas, chegaram a perder 10%, a variação máxima diária permitida pela legislação da bolsa chinesa.

Continua após a publicidade

Entenda – Para entender o desenrolar desse fenômeno, é preciso retroceder ao fim do ano passado. Enquanto um movimento de euforia tomou conta da bolsa chinesa, o resto do mundo enfrentava período de cautela. O índice S&P500 se valorizou apenas 1,5% de novembro do ano passado a junho deste ano, enquanto a Bovespa caiu 5%. O descolamento da China se explica, em parte, pelo excesso de liquidez que navega sem destino pelo mundo, em busca de bons retornos. Atentos às promessas de crescimento de Pequim graças à política de estímulo ao consumo interno, investidores turbinaram o mercado acionário do país asiático nos últimos anos. E não se trata apenas de especuladores ou investidores institucionais: o cidadão comum chinês detém grande parte das ações listadas em bolsa.

Como o Estado chinês é deficiente em políticas de bem-estar social, estimula a população a poupar e facilita o acesso ao mercado de capitais, provendo, inclusive, linhas crédito baratas para a compra de ações. Assim, uma quebradeira na bolsa chinesa pode acarretar um declínio expressivo no consumo. Poucos mercados de ações do mundo são tão conectados com a economia real como a China.

Caso uma crise chinesa se consolide, o Brasil deve ser fortemente impactado. Primeiro, porque a economia brasileira é considerada frágil do ponto de vista dos fundamentos econômicos, com inflação e juros em alta, e situação fiscal incerta. Além disso, a China é destino de 25% da produção de matérias primas, como minério de ferro e soja, produzidos no Brasil. Desde 2011, o país asiático se consolida como o maior parceiro comercial brasileiro. No ano passado, as vendas de bens brasileiros para a China atingiram 40,6 bilhões de dólares, enquanto as importações de produtos chineses somaram 37,3 bilhões de dólares.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.