OGX diz que filho de Eike pagou para usar jato da empresa
Em comunicado, companhia alega que a aeronave foi paga e que a utilização por terceiros reduz seus custos de operação e manutenção
A OGX Petróleo e Gás esclareceu em comunicado divulgado nesta quinta-feira que o filho de seu controlador, Eike Batista, não voava no jatinho da empresa gratuitamente. A companhia foi questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o fato de Olin Batista, de 17 anos, se deslocar no jatinho da empresa para dar ‘expediente’ como DJ em festas pelo Brasil.
A empresa afirmou, em nota, que a aeronave Phenom 300 tinha um contrato de gerenciamento com a AVX Táxi Aéreo, que permitia que terceiros a usassem mediante pagamento. O uso somente ocorria, segundo a OGX, quando a aeronave não era requisitada pela companhia ou pela MPX, que também aparece como proprietária do avião.
Segundo a OGX, os voos “foram devidamente faturados e pagos, de modo a não gerar custos de qualquer natureza à proprietária da aeronave, ou às suas sócias OGX e MPX.”
A companhia afirmou ainda que a utilização do jatinho por pessoas de fora da OGX ou da MPX é financeiramente benéfica, pois reduz seus custos de operação e manutenção. Ela também argumentou que, no caso de a receita ser maior do que os gastos com a operação – ou seja, a aeronave dar lucro, ele “será revertido em benefício da proprietária da aeronave”.
Segundo a coluna Radar On-line, do site de VEJA, o Phenom 300 foi comprado por Eike em 2011, por 10 milhões de dólares, para engordar a frota que já contava com um Legacy 600 (23 milhões de dólares), um Gulfstream G550 (63 milhões de dólares), um Citation 7 (12 milhões de dólares) e dois helicópteros.
Em maio deste ano, o empresário colocou à venda o Legacy 600 por 14 milhões de dólares. No início de julho, a aeronave foi vendida para o Bank of America que a repassou, via leasing, para o empresário Michael Klein.
Leia também:
BNDES procura investidor para salvar grupo de Eike
Bancos já refinanciam dívidas da EBX, de Eike Batista