Obama sanciona Orçamento provisório dos Estados Unidos
Acordo no Congresso impediu a paralisação do governo - ao menos até dia 15
O presidente americano Barack Obama sancionou neste sábado a lei orçamentária provisória que permite ao governo do país continuar funcionando por mais uma semana. Na noite de sexta, congressistas democratas e republicanos chegaram a um acordo provisório que evitou a paralisação de boa parte dos serviços públicos americanos. O acordo, válido até setembro, quando termina o ano fiscal, prevê cortes de 38 bilhões de dólares nos gastos federais.
Em breve comunicado, a Casa Branca informou que Obama assinou a medida, aprovada por volta da meia-noite pelo Congresso e que mantém “aberto” o governo até o próximo 15 de abril. Posteriormente, o presidente realizou uma breve visita ao monumento a Abraham Lincoln, perto da Casa Branca, para enviar o sinal de que, graças ao acordo bipartidário do Congresso, lugares emblemáticos como este agora seguem abertos. Obama trocou algumas palavras com turistas, mas não aceitou perguntas da imprensa.
Caso o acordo não tivesse sido fechado, serviços que vão de parques federais à orientação telefônica sobre impostos, além de pesquisas científicas e espaciais, estariam comprometidos a partir desta segunda-feira, e cerca de 800.000 funcionários ficariam sem salário. No entanto, serviços vitais, como os de defesa, jurídico, atendimento médico de emergência e controle de tráfego aéreo, continuariam.
Fontes do governo disseram que as conversações dos próximos dias vão ser não apenas em torno de uma proposta de Orçamento para este ano fiscal, mas também para os próximos anos. “Teremos não apenas o Orçamento do próximo ano, mas também um compromisso das principais lideranças em Washington de que tentarão lidar com o déficit e com a dívida, e esse é um debate que estamos ansiosos por começar logo”, disse o funcionário.
A costura do acordo foi feita entre o porta-voz republicano no Congresso, John Boehner, e o líder do partido democrata no Senado, Harry Reid. Os dois lados proclamaram vitória: os republicanos, por cortar gastos federais, e os democratas, por evitar que os cortes atingissem programas ambientais e de planejamento familiar.
(Com agência EFE)