Obama prevê colapso se impasse sobre dívida continuar
O presidente americano, Barack Obama, prevê uma nova crise financeira se o teto da dívida do governo não for elevado
O atraso em elevar o teto da dívida dos Estados Unidos poderá reverter a incipiente recuperação econômica do país e provocar um novo colapso, afirmou nesta terça-feira o presidente norte-americano, Barack Obama, em entrevista transmitida pela TV. “Nós poderemos ter uma repetição da crise financeira se continuarmos a jogar muito perto do limite”, afirmou Obama ao programa Today Show, do canal de televisão NBC. “Vamos trabalhar duro durante o próximo mês. Minha expectativa é que vamos fazer isso de uma maneira sensata. Isso é o que o povo americano espera”, acrescentou o presidente.
Obama e membros republicanos do Congresso estão envolvidos numa disputa acalorada sobre o limite da dívida. O Partido Republicano, que faz oposição ao presidente, exige cortes profundos nas despesas públicas em troca de qualquer acordo para elevar o limite de gastos. O governo dos EUA está se aproximando perigosamente de 2 de agosto, quando deverá aumentar o limite da dívida para poder tomar emprestado o dinheiro que necessita para pagar suas contas.
Se nenhum acordo entre republicanos e democratas for alcançado, o governo corre o risco de não conseguir pagar suas obrigações – uma situação que, segundo economistas, poderá ter consequências terríveis. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que encontrou formas paliativas para manter as operações governamentais por mais dois meses antes de o governo declarar default (falência) de suas obrigações.
“Eu acredito nas palavras da liderança republicana, quando disse que será desastroso para nós se não aumentarmos o limite da dívida”, ressaltou Obama. “Eu não quero ver os EUA declarando default de nossas obrigações”, declarou o presidente, acrescentando: “A boa fé e o crédito dos EUA são a base não só do nosso modo de vida, mas também a base do sistema financeiro global”. O teto da dívida atual do país, atingido no mês passado, é de cerca de 14,3 trilhões de dólares.
(com Agência Estado)