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Mercedes-Benz vai cortar produção e mão de obra

Montadora abrirá programa de demissão voluntária em sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP)

Por Da Redação
4 abr 2014, 10h53

A Mercedes-Benz, unidade do grupo alemão Daimler, informou em carta aos funcionários que tem 2 mil trabalhadores excedentes na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, unidade fabril que emprega quase 12 mil pessoas. Assim, nos próximos dias, a empresa vai abrir um programa de demissão voluntária (PDV) dirigido aos funcionários de todos os setores da unidade fabril.

A empresa cortará ainda um dos dois turnos de trabalho na linha de caminhões em São Bernardo a partir de 5 de maio. A área emprega 2 mil operários e os que forem dispensados ficarão em licença remunerada. Desde o início do ano, este setor opera apenas quatro dias por semana, também em razão da queda das exportações para a Argentina. Além de caminhões, a fábrica produz ônibus, motores e transmissões.

Parte dos 200 trabalhadores do setor de CKD (veículos desmontados para exportação) também vai entrar em férias coletivas. Na fábrica de Juiz de Fora (MG), onde são fabricados apenas caminhões, os 450 trabalhadores terão férias de 20 dias a partir de 22 de abril.

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Outra montadora, a Ford, já anunciou esta semana que dará seis dias de folga a partir desta sexta-feira aos 900 operários da fábrica de caminhões de São Bernardo. Em março, eles já foram dispensados por cinco dias. Outras empresas, inclusive de automóveis, estão reduzindo a produção.

“Estamos negociando com o governo medidas para evitar que o problema se aprofunde”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. Uma das propostas em discussão é a criação do Sistema Nacional de Proteção do Emprego, baseado em experiências da Alemanha. Segundo ele, a proposta tem apoio das montadoras e consiste em usar o dinheiro que seria pago como seguro desemprego para bancar parte dos salários dos funcionários que ficariam afastados do trabalho no período de baixa demanda. Outra proposta é iniciar o programa de renovação da frota de caminhões antigos, que prevê incentivos na troca por modelos mais novos.

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Caminhões – No primeiro trimestre, as vendas de caminhões no Brasil somaram 38.350 unidades, queda de 10,40% sobre as 42.802 unidades de igual período de 2013, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados nesta semana. Se forem somados motocicletas, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros veículos emplacados, o total de veículos comercializados no acumulado de 2014 somou 1.218.333 unidades, uma queda de 0,20% em relação às 1.220.772 unidades de igual período de 2013.

O presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, disse que o setor de caminhões “é termômetro para a economia e vende quando a economia está em expansão e quando há confiança por parte dos investidores”. Ele lembrou que o setor estava a caminho da recuperação, depois de ter crescido 11% em 2013 em relação a 2012 – que havia caído quase 20% em relação ao ano anterior. “Estávamos preparados para continuar crescendo em 2014, mas a economia não está crescendo como esperávamos.”

A MAN projetava alta de 4% a 5% para o mercado de caminhões neste ano, mas agora trabalha com números iguais ou até inferiores aos 154,5 mil vendidos em 2013.

Alívio – Um alento para o setor foi anunciado nesta semana, com a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de voltar a operar com o Finame PSI Simplificado, sistema que reduz para cerca de 30 dias o tempo de aprovação do crédito para a compra de caminhões, hoje em torno de 45 a 50 dias. “Foi uma decisão muito importante. A mensagem não é só a de que o modelo será alterado, como também que existe funding (recursos) para o mercado”, disse o vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb.

(com Estadão Conteúdo)

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