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Mantega e Tombini mostram otimismo diante do fraco PIB

Segundo Mantega, o governo vai estimular o crescimento econômico brasileiro mais por meio de política monetária do que fiscal

Por Da Redação
1 jun 2012, 12h21

O ministro da Fazenda Guido Mantega e o presidente do Banco Central (BC) Alexandre Tombini, como esperado, mostraram otimismo e viram pontos positivos no fraco desempenho da economia no primeiro trimestre de 2012 – crescimento de 0,2%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do otimismo, ambos evitaram fazer previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pra 2012. Enquanto o governo ainda “sonha” com crescimento anual acima de 4%, o mercado já projeta novo “pibinho”, com alta de 2,99%.

Mantega disse nesta sexta-feira que uma das boas notícias em relação ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2012 foi a expansão de 1,7% do setor industrial em relação ao quarto trimestre de 2011, que, anualizado, leva a indústria a um crescimento próximo de 6%. Já Tombini afirmou que o crescimento do PIB no primeiro trimestre confirma que a recuperação da atividade econômica brasileira “tem sido bastante gradual.”

“A demanda doméstica continuou sendo o principal suporte da economia, com o consumo das famílias sendo estimulado pela expansão moderada do crédito, pela geração de empregos e de renda”, afirmou Tombini em nota divulgada pela assessoria de imprensa do BC. Ainda segundo o presidente do BC, os sólidos fundamentos e um mercado interno robusto constituem um diferencial da economia brasileira.

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O crescimento da economia no primeiro trimestre só não foi maior porque a agricultura teve desempenho fraco, ressaltou Mantega.

O ministro ainda destaca que este foi o primeiro resultado positivo do setor após três meses de queda e que as medidas adotadas pelo governo para estimular a atividade industrial surtirão efeito, o que contribuirá para um ano melhor do que 2011.

Estímulos – Questionado sobre as formas de aquecer a economia, Mantega afirmou que o governo vai estimular o crescimento econômico brasileiro mais por meio de política monetária do que fiscal, e os investimentos vão mostrar recuperação no segundo semestre. Segundo ele, isso será importante para fazer a atividade econômica voltar a crescer. “O governo não tem necessidade de afrouxar a meta fiscal para estimular a economia. O Brasil dá segurança para os investidores porque a nossa situação fiscal é sólida”, afirmou Mantega. “É melhor continuarmos usando medidas de estímulo monetário”, acrescentou.

A meta cheia de superávit primário – economia feita para pagamento de juros da dívida – do governo neste ano é de 139,8 bilhões de reais. Nesta semana, o BC reduziu a Selic de 9% para 8,5% ao ano, menor nível histórico.

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Otimismo – Mantega disse ainda que, a partir do segundo trimestre, a economia brasileira irá acelerar e que, neste período, será vista uma expansão acima da registrada entre janeiro e março passados. Para ele, a atividade estará com taxa anualizada de crescimento na segunda metade do ano de 4% a 4,5%.

O ministro disse ainda que o país, mesmo com a crise internacional, continua favorável para atrair investimentos. No trimestre passado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 1,8% sobre o quarto trimestre de 2011 e, segundo Mantega, foi afetada justamente pelas turbulências externas.

Segmentado – Ainda de acordo com o ministro, o recuo do PIB da agricultura se deveu à menor produção de arroz por problemas sazonais. “A agricultura brasileira é a melhor do mundo, mas passa por problemas sazonais”, disse. O ministro esqueceu de mencionar que a soja – o principal grão exportado pelo país – perde cada vez mais valor no mercado internacional, além de ter sido afetada pela seca na região Sul, entre o final de 2011 e o início deste ano. Analistas estimam que o PIB do setor agrícola possa cair ainda mais ao longo do ano.

Quanto à alta modesta do setor de serviços (0,6%), ele afirma que se deveu a problemas de intermediações financeiras, mas que o setor já está “dando os primeiros passos” após as medidas do governo para ampliar o crédito. “Os serviços continuam indo bem e esse é um indicador excelente que o Brasil tem”. A expansão do consumo das famílias – que é o ardiloso veículo encontrado pelo governo para expandir a economia – foi aplaudida pelo ministro.

Na contramão – Ele considerou, no entanto, como um ponto negativo para o desempenho do PIB a formação bruta de capital fixo (FBCF), cujas quedas trimestrais foram influenciadas, principalmente, pela economia internacional. Houve também um reflexo da redução nas vendas de caminhões e ônibus.

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(Com agências Reuters e Estado)

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