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Mantega e Miriam Belchior pressionaram Petrobras a não divulgar grandes baixas contábeis

Segundo agência de notícias, os ex-ministros da Fazenda e Planejamento não queriam que as perdas fossem interpretadas como totalmente relacionadas à corrupção

Por Da Redação
28 jan 2015, 12h07

Os ex-ministros Guido Mantega e Miriam Belchior, presidente do Conselho de Administração da Petrobras e conselheira, respectivamente, pressionaram o colegiado, reunido na terça-feira, a não aceitar grandes baixas contábeis em ativos da estatal, disse nesta quarta-feira uma fonte com conhecimento direto do assunto. “Essencialmente, o governo não queria que as baixas contábeis fossem interpretadas como totalmente relacionadas à corrupção”, disse essa pessoa à Reuters.

A Petrobras divulgou na madrugada desta quarta-feira o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014 sem incluir baixas contábeis relacionadas à corrupção apontada pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, frustrando expectativas de analistas e investidores.

O Conselho, reunido na sexta-feira passada sem a presença de Mantega e Miriam, havia decidido oficializar as baixas contábeis, mas os ex-ministros reverteram a decisão no longo e tenso encontro de terça, disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Eram esperadas perdas de até 20 bilhões de reais devido a ativos que haviam sido supervalorizados indevidamente.

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Para Graça Foster, não é correto considerar baixa contábil de R$ 88 bi

A Petrobras chegou a divulgar em seu balanço os resultados de uma avaliação com 52 ativos envolvidos em investigações da Lava Jato. Desses, 31 totalizavam uma diferença negativa de 88,6 bilhões de reais entre o valor contábil (imobilizado) e o justo (o quanto deveria valer). Mesmo assim, a presidente da estatal, Graça Fostes, disse que a empresa decidiu não usar essa metodologia para contabilizar as baixas contábeis porque esse número pode não refletir somente ativos envolvidos com a corrupção.

(Com agência Reuters)

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