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L’Occitane cria linha brasileira para competir com Natura

L'Occitane Au Brésil terá produtos de R$ 9,90 a R$ 80, feitos de extratos de jenipapo e mandacaru - e que devem chegar às lojas em 15 de maio

Por Ana Clara Costa
6 mar 2013, 07h51

A marca de produtos de beleza L’Occitane, criada na região da Provence, na França, testará no Brasil uma estratégia até então inédita para a marca nos 90 países onde está presente: colocará nas lojas, a partir de 15 de maio, uma linha de produtos fabricada totalmente em território nacional, ainda que o nome se mantenha gaulês – a L’Occitane Au Brésil. Os tipos de produtos serão similares aos da marca francesa, com cremes hidratantes, colônias, xampus e sabonetes. Mas, em vez de usar as fragrâncias tradicionais de lavanda e verbena, que há 35 anos dão identidade aos cosméticos da empresa, a linha brasileira será feita à base de extratos de jenipapo e mandacaru. Os produtos custarão cerca de 30% a menos que os importados da França – de 9,90 reais (um sabonete em barra) até 80 reais (uma colônia) e serão vendidos em toda a rede de distribuição da marca: lojas próprias, franquias, e-commerce, farmácias e hotéis.

O movimento da empresa de se aventurar no mercado brasileiro não só como importadora, mas também como parte da cadeia produtiva, a coloca frente a frente com competidoras do porte da Natura e do Boticário – as líderes do setor em vendas para as classes B e C. Em entrevista ao site de VEJA, Benjamin Beaufils, presidente da L’Occitane no Brasil, afirmou que a empresa quer lançar mão da nova linha para ampliar a oferta de produtos para seu público-alvo, composto pelas classes A e B, mas também conquistar novos clientes da classe C. “Pensamos em preços mais atrativos para a linha, respeitando sempre a qualidade do grupo. Há concorrentes muito fortes no Brasil. E, dentro de 5 anos, a competição será maior ainda. E isso é saudável para o cliente, que terá melhores produtos”, afirmou. Confira trechos da entrevista:

Benjamin Beaufils, presidente da L'Occitane no Brasil
Benjamin Beaufils, presidente da L’Occitane no Brasil (VEJA)

Como surgiu a ideia de criar uma marca para o Brasil?

É um projeto inovador que surgiu há dois anos, com o envolvimento de mais de 18 pessoas. É a primeira vez que o grupo fabrica fora da França e tivemos de escolher bem os parceiros com quem iremos trabalhar nesse período no Brasil. É essencial ter pessoas com competência e expertise para entregar produtos com a mesma qualidade que a Provence.

Por que o Brasil foi escolhido para esse movimento inédito?

Há paralelos entre a Provence e o Brasil. O nível de qualidade dos ingredientes, os artistas locais (para desenhar as embalagens). Além disso, o Brasil é um país como uma energia única e contagiante que está em seu DNA. E a L’Occitane vislumbrou aqui uma bela história para contar. Da mesma forma que, há 35 anos, a ideia da marca surgiu na Provence, nós pensamos em fazer uma história similar para contar aqui.

A criação dessa nova linha no Brasil tem a ver com o peso do país no resultado global da empresa?

Não posso falar em resultados no momento porque nossa empresa está listada na bolsa de valores de Hong Kong e, em breve, divulgará seu balanço referente ao ano fiscal terminado em março de 2013. O que posso dizer é que o país representou 5% das vendas do grupo no ano fiscal terminado em março de 2012 – sendo que o volume vendido cresceu 35% em relação ao ano anterior. A operação brasileira de e-commerce, por exemplo, tem crescido 30% anualmente, desde que foi criada, em novembro de 2010.

A nova linha será mais barata do que a importada. O objetivo é concorrer com fabricantes nacionais, como a Natura?

Estamos entrando para concorrer não só com as marcas locais, mas também com outras internacionais que estão chegando. A proposta é trabalhar ingredientes únicos com um posicionamento de preço mais atrativo para o cliente final, que, por sua vez, terá um produto brasileiro com a mesma qualidade que o importado da França. O público-alvo é composto pelas classes A e B, mas tem um forte componente aspiracional para a classe C. Afinal, o Brasil é hoje o terceiro maior mercado do setor de higiene e beleza – e possui concorrentes muito fortes. Creio que dentro de 5 anos, a competição será maior ainda. E isso é saudável para o cliente, que terá melhores produtos.

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Como será a produção?

Não teremos uma planta. Estamos terceirizando a produção com quatro parceiros do estado de São Paulo altamente qualificados e homologados pela matriz. Nosso produtor de jenipapo está no interior de São Paulo e o de mandacaru, no interior da Bahia. Nossa ideia é que essa produção seja exportada a partir da metade de 2014. Até lá, a linha L’Occitane Au Brésil será exclusividade do Brasil.

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