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FMI prepara ajuda de 600 bilhões de euros para Itália

De acordo com jornal italiano, premiê Mario Monti discute auxílio com a diretor do fundo, Christine Lagarde

Por Da Redação
27 nov 2011, 08h24

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está preparando um plano de ajuda para a Itália de 400 a 600 bilhões de euros para dar tempo ao novo primeiro-ministro do país, Mario Monti, implantar medidas de austeridade, segundo publicou neste domingo o jornal italiano La Stampa.

De acordo com a publicação, o sucessor de Silvio Berlusconi conversou com a diretora do FMI, Christine Lagarde, sobre a possibilidade de receber ajudas. O auxílio seria oferecido entre 12 e 18 meses para que seu gabinete consiga iniciar as reformas anunciadas para aliviar a dívida e, principalmente, fomentar o crescimento.

Mesmo com a queda de Berlusconi e a chegada de Monti ao governo, os mercados não dão trégua à Itália, e o prêmio de risco, que mede a diferença entre os bônus italianos a dez anos e os alemães de mesmo prazo, não baixa dos 500 pontos básicos.

De acordo com o La Stampa, se Largarde e Monti fecharem um acordo sobre o programa de ajuda à Itália, uma equipe do FMI negociará os detalhes com o governo italiano, como as condições e a quantidade do empréstimo, antes de submeter sua aprovação ao conselho do organismo internacional. Enquanto isso, Monti apresentará suas primeiras medidas econômicas contra a crise no próximo dia 5 de dezembro.

Entre as medidas que o novo primeiro-ministro estuda, estão um novo imposto sobre o patrimônio imobiliário e um plano de ajuste no valor de 15 bilhões de euros.

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Fundo de resgate – A ajuda do FMI à Itália traria um alívio especial à zona do euro, após a imprensa europeia divulgar que o Fundo Europeu de Estabilização Orçamentária (FEEF) poderá não dispor de mais de 1 trilhão de euros, como se previu anteriormente, mas de apena 500 ou 750 bilhões. A informação é da revista alemã Der Spiegel.

De acordo com a publicação, a fórmula de alavancamento promovida pela União Europeia (UE) para multiplicar o impacto dos 250 bilhões de euros dos fundos fornecidos pelos 27 países não conseguiu despertar o interesse dos investidores estrangeiros, especialmente na Ásia. Dessa forma, se as autoridades comunitárias esperavam multiplicar por quatro ou cinco os recursos disponíveis do fundo, agora se contentariam em dobrar ou triplicar a contribuição dos membros da UE.

O responsável pelo FEEF, Klaus Regling, explicará esta questão na reunião de ministros de Economia e Finanças da UE da próxima semana em Bruxelas, algo que joga por terra as esperanças de que o fundo de resgate fosse uma das ferramentas mais potentes para conter a crise da dívida. Para evitar o ‘fracasso’ do FEEF, argumenta a revista, a única opção disponível é aumentar o capital inicial próprio. Este aumento exigiria novas contribuições dos estados-membros da UE, algo que a chanceler alemã, Angela Merkel, entre outros líderes europeus, já descartou pela sobrecarga que isso representa para as contas públicas.

Grécia – A falta de interesse de compradores também prejudica diretamente o programa de privatições grego, com o qual o governo espera arrecadar 50 bilhões de euros até 2015.

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A advertência foi lançada por Costas Mitrópulos, o responsável pela agência de privatizações, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal Kathimerini. “Para vender, é preciso ter compradores”, disse Micrópulos, ressaltando que no atual contexto econômico até mesmo a Alemanha teve problemas para vender seus bônus estatais. No entanto, Mitrópulos afirmou que segue vigente e considera viável a meta do governo de arrecadar 9,3 bilhões de euros em 2012 por meio da venda de empresas e propriedades públicas. “A realidade demonstrará se as previsões estão corretas. Se a situação continuar, então é certo que teremos dificuldades para encontrar compradores para nossos ativos”, disse Mitrópulos.

A Grécia já descumpriu seus objetivos para 2011, inicialmente fixados em 5 bilhões de euro, depois rebaixados para 4 bilhões e que finalmente se transformarão em uma receita efetiva de 3,2 bilhões de euros. Mitrópulos atribuiu esse buraco aos atrasos na aplicação do programa de privatizações e especificou que a demora nas reformas econômicas poderia afetar o ânimo dos mercados.

(Com EFE)

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