Alimentos sobem 10,49% no ano e puxam a alta do IPCA
Índice avança 0,5% em dezembro e fica dentro do teto da meta estabelecida pelo BC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,50% em dezembro, pouco abaixo dos 0,52% de novembro. Com isto, a inflação de 2011 fechou em 6,5%, acima da taxa de 5,91% relativa a 2010, mas exatamente no teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC). Em dezembro do ano anterior, o IPCA havia ficado em 0,63%.
A inflação oficial, medida pelo IPCA, foi a maior desde 2004, quando registrou alta de 7,6%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais exerceu impacto no índice. Devido à forte pressão da alimentação fora de casa, que teve alta de 10,49% em 2011, o grupo foi responsável por 23,46% do orçamento das famílias, se apropriando de 1,69 ponto percentual do índice, o que representa 26% dele.
Os alimentos de consumo em domicílio também ficaram mais caros, subindo 5,43%, mas bem menos do que os 10,70% registrados em 2010.
O grupo Transportes também ajudou a impulsionar o indicador. A alta nos preços do setor passou de 2,4% em 2010 para 6,05% em 2011. Já no grupo Habitação, o aumento foi de 5% para 6,75% na comparação anual; enquanto em Vestuário, a alta acelerou de 7,52% para 8,27%.