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Imbra admite dificuldades financeiras em nota

A empresa afirmou em comunicado interno que não recebeu a 2ª parcela de um aporte, no valor de R$ 20 milhões, deixando-a em apuros

Por Beatriz Ferrari
17 set 2010, 18h07

A Imbra também informou que deve retomar as operações nesta segunda-feira, bem como pagar os salários atrasados ao longo da semana

A empresa de tratamentos odontológicos Imbra – que está com parte de sua rede de 26 clínicas paralisada desde 11 de setembro por conta de atrasos nos salários – informou nesta sexta-feira a seus funcionários e colaboradores que deve retomar as operações no dia 20 de setembro. A companhia também declarou que prevê o pagamento dos salários atrasados ao longo da próxima semana.

VEJA.com teve acesso a um comunicado interno, distribuído a alguns empregados, que traz alguns esclarecimentos. O documento afirma que o transtorno se deve ao atraso no recebimento da segunda parcela de um aporte. O montante faz parte de um empréstimo de 40 milhões de reais que o fundo de private equity GP Investimentos, antigo controlador da Imbra, havia se comprometido a conceder à Arbeit, a nova dona. Tal acordo, segundo a nota, constava do contrato de venda da Imbra, celebrado por um dólar em junho deste ano. Os recursos tinham destino certo: saldar as dívidas da empresa, estimadas na época em 50 milhões de reais.

A primeira parcela, de 20 milhões de reais, foi paga pela GP tão logo se concretizou a transferência do controle da empresa à Arbeit. A operação deveria ter sido concluída entre 28 e 30 de agosto, com novo aporte de 20 milhões de reais, mas atrasou – o que explicaria as dificuldades que levaram à interrupção do pagamento dos funcionários.

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A diretoria da Imbra afirmou, na nota, ter se surpreendido “com a complexidade da operação” financeira no fim de agosto e que, por conta disso, “houve uma ruptura em nosso fluxo de caixa”, impossibilitando o pagamento de salários em 6 de setembro. Os executivos afirmaram, no entanto, ter concluído a operação nesta quinta-feira e que estariam apenas na dependência de “finalizações burocrático-jurídicas” para pagar salários, rescisões e demais contas.

Procurada por VEJA.com, o GP Investimentos não quis comentar o assunto. A Imbra e a Arbeit também não responderam as solicitações da reportagem.

Histórico – Comprada pelo GP Investimentos em setembro de 2008 por cerca de 180 milhões de reais, a Imbra foi um dos poucos fracassos do fundo de private equity (que compra participações em empresas) fundado por Jorge Paulo Lemann e presidido atualmente por Fersen Lambranho e Antonio Bonchristiano. Endividada, a empresa foi vendida ao grupo Arbeit, de Oscar Müller, em junho deste ano.

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