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Grandes operadoras dominam leilão de 4G

Vivo e Claro ficam com as faixas mais nobres. Sem despertar interesse por uma disputa em separado, internet rural será implantada por força do edital

Por Naiara Infante Bertão, de Brasília
12 jun 2012, 17h55

As três primeiras horas do leilão da quarta geração de banda larga móvel (4G) nesta terça-feira foram suficientes para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) batesse o martelo sobre o destino dos principais lotes postos em licitação – as subfaixas nacionais W e X (de 20 megahertz) e V1 e V2 (10 MHz). Somente com essas frequências, o governo embolsou 2,56 bilhões de reais. A estimativa inicial, baseada nos preços mínimos do certame, era de arrecadação de 3,85 bilhões de reais. O Planalto ainda pode atingir ou mesmo ultrapassar esse montante, pois seguem em negociação os leilões dos lotes regionais. Somados aos nacionais, são 273 lotes ao todo.

Claro sai na frente – Depois de constatado que nenhum dos seis grupos participantes manifestou interesse em brigar pelo primeiro lote, que correspondia à banda larga rural (450 MHz), as maiores empresas do setor do país entraram na disputa pelas faixas principais. No segundo lote negociado no dia, a Claro estreou ao vencer o leilão da subfaixa W, com uma proposta de 844,52 milhões de reais que fez com que a Oi desistisse. Conforme regra do edital, ao adquirir esse lote, a operadora pertencente ao bilionário mexicano Carlos Slim terá de implantar internet rural no Norte do país, no Maranhão, na Bahia e na Grande São Paulo (DDDs 11 e 12).

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A Vivo, que pertence à Telefônica, tem planos de investir 24,3 bilhões de reais no país entre 2011 e 2014 – montante que já inclui as inversões previstas para o 4G. “Já prevemos, em nosso planejamento, o valor destinado à banda larga 4G. Por isso, não vamos revisar este número”, acrescentou Valente.

O executivo destacou que o principal desafio da Vivo hoje é a instalação de antenas que transmitem frequências mais altas, como as leiloadas nesta terça-feira. Valente criticou o fato de o governo estar limitando cada vez mais os terrenos em que as operadoras podem colocar suas antenas, dificultando, assim, a expansão das redes. A despeito das dificuldades, a empresa trabalhará dentro do cronograma previsto, garantiu o empresário.

Compartilhamento – Para começar a ofertar os serviços ainda mais rapidamente, uma possibilidade é o compartilhamento de rede entre as operadoras. O presidente da Claro, Carlos Zenteno, explicou, no entanto, que as empresas não conversaram ainda sobre essa possibilidade, uma vez que a solução é cara e demora a ser implantada. “Estamos abertos para conversar, mas ainda não houve nenhuma discussão”, declarou a jornalistas.

Os presidentes da Claro e da Vivo também não divulgaram a expectativa de preços para os pacotes de serviços de internet 4G, que usa a tecnologia Long Term Evolution (LTE). “A popularização do novo serviço vai depender mais da escala de fabricação de terminais, quer seja de modens, celulares, quer seja de tablets, que consigam rodar a nova tecnologia. Nós vamos cumprir as metas de cobertura impostas pela Anatel no edital”, disse o presidente da Claro.

A operadora de capital mexicano já negocia com fornecedores de equipamentos de telecomunicações a montagem de sua infraestrutura no Brasil, bem como com fabricantes de eletrônicos a vinda de smartphones e celulares 4G. “Já estamos fazendo testes, mas ainda não temos nada acertado. O valor de nossos investimentos em 4G dependerá dessas negociações. Por isso não temos um número fechado por enquanto”, comentou Zenteno.

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Em 2012, a Claro planeja investir 3,5 bilhões de reais no país – montante que quase não leva em conta o 4G. “Apenas uma parcela mínima desse valor é para atualizar redes que servirão para o 4G”, disse o executivo da empresa. Desde o fim do ano passado, a operadora já oferece a internet 3GMax, que é uma evolução da 3G, mas inferior à 4G.

Outras faixas – Depois que as melhores faixas foram leiloadas, chegou a vez da italiana TIM e da Oi, que não haviam conseguido arrematar os lotes anteriores, disputarem as outras duas subfaixas de abrangência nacional: V1 e V2.

A TIM levou o quarto lote disputado (V1) por 340 milhões de reais, com ágio de 7,9%. Ela também terá de gerenciar redes locais de banda larga rural (de frequência 450 MHz) nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

A companhia acabou pagando mais que a Oi, que saiu vitoriosa no leilão do lote seguinte. Com o menor ágio entre todos os lances por lotes nacionais, de apenas 5%, a operadora brasileira ofertou 330,85 milhões de reais pelo V2. Com isso, ela terá de gerenciar o sistema de internet nas áreas rurais do Centro.

Em nota, a Oi comentou que o resultado está dentro de sua estratégia de participar do leilão. “Com a aquisição da faixa de frequência de 2,5 GHz, a Oi pretende otimizar seu acesso à tecnologia 4G, que permite velocidade de 100 Mbps, e fortalecer sua competitividade no mercado. Esta frequência é ideal para a transmissão de grande quantidade de dados em grandes centros urbanos”, afirmou Francisco Valim, presidente da empresa.

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A Oi realizará até 2015 investimentos totais de 24 bilhões de reais, sendo que 6 billhões de reais serão gastos somente em 2012. Segundo a empresa, mais da metade será destinada à expansão da infraestrutura de banda larga, que inclui reforço da capacidade e velocidade, aumento da cobertura, reforço de rede de transporte e introdução de novos serviços, de modo a fortalecer seu portfólio de tecnologias de internet rápida (FTTH, Wi-Fi, 3G e 4G).

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