Ministro quer revisar plano brasileiro de banda larga
Paulo Bernardo trouxe de congresso em Barcelona a certeza de que o Brasil precisa desenvolver com urgência a infraestrutura móvel
O ministro das Comunicações Paulo Bernardo participou do Congresso Mundial de Comunicações Móveis (MWC), em Barcelona, e voltou ainda mais convencido de que o governo precisa atualizar o Plano Nacional de Banda Larga, para o que ele chama de PNBL 2.0. A ideia é que essa revisão seja feita ainda neste ano com foco em redes fixas super rápidas e acesso móvel em smartphone e tablet.
Segundo o ministro, o desenvolvimento do setor no Brasil, nestes quase quatro anos do Plano, mostra que a banda larga fixa cresceu 70% (de 15,3 milhões de conexões, para 22,3 milhões), enquanto na banda larga móvel houve uma explosão de consumo, com crescimento que ultrapassou 500% – de 15,3 milhões para 103,1 milhões de conexões. Só em 2013, as conexões móveis cresceram 77%.
Leia também:
Novos limites da internet banda larga já estão em vigor
Oferta do 4G cresce no Brasil, mas preço continua elevado
“Temos carência muito grande de infraestrutura. Em qualquer modelo que adotarmos, precisaremos aumentar muito as redes de fibras óticas, que formam a infraestrutura básica das telecomunicações, mas o acesso ao consumidor será cada vez mais pelas redes móveis, suportadas pelas redes fixas de fibras óticas”, diz.
Segundo o ministro, “as redes móveis são construídas muito mais rapidamente, a menor custo, e a mobilidade atrai muito mais o usuário”. “Cada vez menos gente quer telefones ou computadores presos à parede. As pessoas preferem os modelos móveis, que vão no bolso aonde o usuário for.” A própria presidente Dilma Rousseff também já tinha mostrado preocupação com a questão da velocidade e cobrava melhoria nesse campo.
Leia ainda: Governo planeja leilão para faixa de 4G em abril de 2014
4G: a rede rápida, cara e que quase ninguém usa
(Com Estadão Conteúdo)