Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo deve adotar modelo de ‘ortodoxia light’

Projeto de lei que reformula tabelas do Simples é visto como exemplo de como governo fará ajuste fiscal ao mesmo tempo em que estimula o crescimento

Por Da Redação
3 dez 2014, 10h08

Em um momento em que a previsão do dia gira em torno do aumento de impostos, a discussão do projeto de lei que reformula as tabelas do Simples vai na direção contrária, ao envolver renúncia de receitas. Este foi visto como um primeiro sinal de que a marca ortodoxa do ministro indicado para a Fazenda, Joaquim Levy, deve ser temperada com doses de estímulo à economia. Para dar os últimos retoques na proposta, o próprio Levy e o ministro nomeado para o Planejamento, Nelson Barbosa, reúnem-se nesta quarta-feira, com os ministros da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Com a iniciativa, haverá alívio na carga das micro, pequenas e médias empresas. A ideia do governo é anunciar medidas para reativar o crescimento econômico, ao mesmo tempo em faz o ajuste fiscal. Nos bastidores do Palácio do Planalto, o novo modelo foi batizado como “ortodoxia light”.

“Temos a imensa responsabilidade de manter o equilíbrio fiscal”, ponderou Afif. “Mas quando todos arrecadam menos o governo arrecada mais.” Preparadas sob a coordenação de Nelson Barbosa quando ele estava na Fundação Getúlio Vargas (FGV), as novas tabelas reduzem a tributação sobre as empresas, mas, ao mesmo tempo, contemplam a possibilidade de manter a arrecadação.

Leia mais:

Em 1º discurso, Joaquim Levy fala tudo que o mercado quer ouvir

Joaquim Levy, o ‘ministro banqueiro’ de Dilma Rousseff

Nelson Barbosa, o lado ‘Mantega’ da equipe econômica

Continua após a publicidade

Diante desse diagnóstico, Afif acredita que não encontrará resistência de Levy. “Todas as pessoas inteligentes são dóceis diante das evidências”, comentou. Muito menos haverá dificuldades com Barbosa, praticamente o “pai” da medida. Afif mostrou as novas tabelas na terça-feira à presidente Dilma Rousseff, que as aprovou. O projeto de lei deve ser protocolado na Câmara nesta quarta-feira.

Atualmente, podem entrar no Simples empresas que faturam até 3,6 milhões de reais ao ano. O recolhimento é calculado com base em 20 diferentes tabelas. Na nova versão, são apenas cinco. Além disso, foram criadas mais duas faixas, uma para aquelas que faturam entre 3,6 milhões de reais e 7,2 milhões de erais e outra, para os limites entre 7,2 milhões de reais e R$ 14 milhões de reais.

Com as novas faixas, há liberdade para faturar mais. Outra novidade é que as faixas de tributação seguirão um modelo igual ao da tabela progressiva do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). As empresas recolherão, nas faixas de tributação mais elevada, apenas sobre a parcela do faturamento que não foi enquadrada nos limites mais baixos.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.