G-20 propõe fim do regaste de grandes bancos com dinheiro de contribuintes
Autoridades criaram regras que determinam que credores deverão pagar a conta de grandes instituições financeiras que forem à falência
Autoridades globais de regulação propuseram nesta segunda-feira um novo conjunto de regras para assegurar que credores de bancos, em vez de contribuintes, paguem a conta quando grandes instituições financeiras entrarem em colapso.
O presidente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) e do Banco da Inglaterra, Mark Carney, afirmou que os planos representam um divisor de águas para o fim do conceito de bancos que são grandes demais para serem autorizados a quebrar. “Assim que implementados, estes acordos terão papéis importantes para permitir que bancos globais sejam liquidados sem o recurso de subsídios públicos e sem abalar o sistema financeiro mais amplo”, disse Carney, em comunicado.
Após a crise financeira de 2008, governos tiveram de gastar bilhões de dólares dos contribuintes para resgatar bancos que enfrentaram dificuldades e que poderiam ameaçar o sistema financeiro global se fossem à falência. Desde então, reguladores das vinte economias mais importantes do mundo (G-20) vinham tentando encontrar formas de impedir o resgate por meio de contribuintes novamente.
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As novas regras preveem que bancos como Goldman Sachs e HSBC tenham um colchão de títulos equivalente a pelo menos entre 16% e 20% de seus ativos de risco a partir de janeiro de 2019. Os títulos deverão ser convertidos em ações para reforçar as finanças enfraquecidas. As reservas totais dos bancos incluirão exigência de reservas de capital principal mínimo obrigatório, que os bancos deveriam ter para enfrentar as crises.
As medidas serão aplicadas para trinta bancos considerados “sistemicamente importantes” pelos reguladores, apesar de algumas execeções como três instituições chinesas. A proposta deverá receber o apoio de líderes do G-20 em reunião na Austrália esta semana e deverá ser colocada em consulta pública até 2 de fevereiro de 2015. De acordo com analistas do Citi, os planos custarão até 3% do lucro dos bancos europeus em 2016.
(Com agência Reuters)