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FMI e G-20 alertam para riscos na economia mundial

De acordo com estudo, governos reduziram ameaças de perigo no curto prazo, mas devem "permanecer vigilantes"

Por Da Redação
25 abr 2013, 16h31

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G-20, grupo dos países mais ricos do mundo, divulgaram nesta quarta-feira o relatório “Perspectivas Globais e Desafios Políticos”. Segundo o estudo, os governos conseguiram reduzir significaticamente os riscos de curto prazo para a recuperação da economia mundial. No entanto, as instituições recomenda que os países permaneçam vigilantes, pois os riscos de médio prazo continuam elevados e a agenda de reformas não foi concluída.

Os governos agora têm o grande desafio de passar de um cenário de relativa estabilidade para outro de maior crescimento das economias. Outras recomendações políticas são discutidas no relatório, que nota que os governos terão de fazer escolhas difíceis pela frente. Por exemplo, uma reforma do sistema financeiro é essencial e urgente, mas mudanças muito rápidas podem afetar os bancos e a recuperação da economia. Muitos deles ainda precisam ser reestruturados e recapitalizados, sobretudo na zona do euro, ressalta o FMI.

Outra orientação é que sejam feitos ajustes nas contas dos governos, que também vai exigir decisões difíceis. As finanças públicas precisam ser saneadas, mas o ritmo como isso terá de ser feito também pode afetar a atividade econômica e deve ser levado em conta. “O aperto fiscal deve continuar em um ritmo que preserve a recuperação”, aconselha o relatório. Já a política monetária de contenção de gastos dos países desenvolvidos deve permanecer como está. Por outro lado, os governos devem considerar os riscos e efeitos dessa prática, que pode causar um aumento dos fluxos internacionais de capital e o endividamento excessivo das empresas em meio aos juros muito baixos nos países desenvolvidos.

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Para os países emergentes, o FMI e o G-20 fazem um alerta de que essas políticas monetárias dos países desenvolvidos criam vulnerabilidades e eles precisam ficar alertas, construir proteções e estar propensos a recalibrar políticas econômicas em meio aos crescentes fluxos internacionais de capital. Um dos riscos para estes países é o aumento da inadimplência dos bancos, em meio ao forte crescimento do crédito, e das dívidas corporativas. O documento também cita a recuperação prevista para o Brasil, que deve crescer 3% este ano, depois de se expandir apenas 0,9% em 2012.

Além dessas recomendações, o documento faz um sumário do que foi discutido na reunião de primavera do FMI e Banco Mundial e no encontro ministerial do G-20, que terminou no último domingo em Washington (EUA). Uma das principais conclusões é de que o mundo cresce hoje a três velocidades. Os emergentes se expandem com mais força, alguns países desenvolvidos se recuperam e a zona do euro está em marcha à ré.

A zona do euro, aliás, é novamente citada como a região mais problemática do mundo em termos econômicos, como já foi alertado na reunião de primavera. O mercado financeiro da região permanece frágil, com a confiança dos investidores vulnerável, em meio a bancos ainda com problemas, crédito restrito e uma situação política complicada na Itália e um futuro ainda incerto no Chipre.

Além da zona do euro, as questões fiscais dos Estados Unidos são outro risco que pode atrapalhar a recuperação dos países. O relatório desta quinta-feira, 25, alerta para o fato de que fracasso em elevar o teto da dívida pública norte-americana e o corte automático de gastos do governo devem afetar a atividade econômica do país. Pelo lado positivo, os EUA podem surpreender e crescer mais do que o esperado. O Japão é outro país que precisa resolver seus problemas fiscais, destaca o documento, que elogia a decisão do governo de estimular o crescimento via compra de ativos no mercado financeiro.

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(com Estadão Conteúdo)

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