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Fusão verde: o primeiro híbrido completo do Brasil

Combinando performance de um sedã de luxo à autonomia de um compacto, Ford Fusion Full Hybrid chega às lojas em novembro. VEJA testou o carro

Por Luís Guilherme Barrucho
23 out 2010, 18h22

O Fusion Full Hybrid chegará ao Brasil importado do México por 133.900 reais. Será o primeiro híbrido completo do mercado brasileiro

O inventor americano Henry Ford (1863-1947) soube dirigir como ninguém os rumos da industrialização dos Estados Unidos no início do século XX. Um de seus passatempos consistia em buscar novas fontes de energia para aprimorar a eficiência de seus veículos. Naquela época, Ford já previra que motores a combustão teriam vida curta. Foi necessário mais de um século para que a montadora que leva seu sobrenome pudesse dar continuidade a seus planos. Nos Estados Unidos, a maior aposta da Ford nessa direção veio em 2008 com o lançamento do Ford Fusion Full Hybrid, a versão do sedã médio que combina o motor convencional a outro movido a eletricidade. O carro ganhou boa acolhida. Contribuíram para seu sucesso os incentivos do governo americano, que concedeu descontos de até 3,4 mil dólares a quem quisesse comprá-lo.

A partir de 1º de novembro, o Ford Fusion Full Hybrid chegará ao Brasil importado do México por 133.900 reais. Será o primeiro híbrido completo do mercado brasileiro. Antes dele ser mostrado pela primeira vez no Salão do Automóvel de São Paulo, que estará aberto ao público no próximo dia 27 de outubro, VEJA testou o carro.

A primeira surpresa ao dirigir o híbrido da Ford se dá na hora da partida. Ao ligar o carro, o motorista não ouve o ronco do motor. Isso ocorre porque o sistema elétrico funciona como fonte exclusiva de tração. Como não há queima de combustível, o ruído do acionamento do motor é praticamente imperceptível. Essa é a grande diferença do Ford Fusion Full Hybrid frente a seu único concorrente no mercado brasileiro, o Mercedes Classe S 400 Hybrid, vendido aqui por 426 mil reais desde abril passado.

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Os dois veículos utilizam um princípio comum entre os híbridos: aproveitam a energia das frenagens, que seria dissipada em forma de calor, para alimentar o motor elétrico. Na temporada de 2009 da Fórmula 1, algumas escuderias usaram esse mesmo sistema, batizado de Kers, sigla em inglês para sistema de recuperação de energia cinética. Mas cada um dos modelos trabalha de forma diferente. No Classe S 400, o motor elétrico é complementar. No caso do híbrido da Ford, a energia depreendida da bateria de 65 quilos localizada no banco traseiro dos passageiros pode, sozinha, movimentar o carro. Em condições ideais, o Ford Fusion Full Hybrid atingiria uma velocidade de 75 km/h movido apenas a eletricidade.

Um dos resultados práticos da combinação entre o motor convencional e o elétrico – cuja escolha é feita de forma automática pelo carro – é a economia de combustível. Pesando 1,7 tonelada, o híbrido da Ford chega a rodar 16,4 km/l na cidade, autonomia superior a do compacto de entrada da mesma montadora, o Ford Ka. Também emite menos poluentes. “Como o ar absorvido pelo carro retorna à atmosfera filtrado, nosso híbrido acaba por contribuir com o meio ambiente”, afirmou o gerente de engenharia de veículos da Ford, Klaus Mello.

O veículo conta ainda com uma série de dispositivos para tornar a experiência de sentar-se ao volante ecologicamente mais correta. No canto direito do painel, por exemplo, a Ford criou uma árvore digital que perde folhas à medida que o motorista assume uma direção mais agressiva e, portanto, mais beberrona. Nos Estados Unidos, o Ford Fusion Full Hybrid foi laureado na última edição do Salão de Detroit, em janeiro passado, com o título do carro do ano. No Brasil, o modelo movido a gasolina é líder de vendas no segmento dos sedãs de alto luxo. Resta saber se a versão híbrida cairá nas graças do público brasileiro.

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