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Fraqueza do mercado imobiliário brasileiro atrai estrangeiros

Grande volume de imóveis disponíveis no mercado imobiliário nacional tem despertado o interesse de estrangeiros em busca de "pechinchas"

Por Da Redação
23 mar 2016, 09h02

A grande quantidade de imóveis disponíveis no mercado imobiliário brasileiro tem despertado o interesse de investidores estrangeiros em busca de “pechinchas”. Acostumadas a comprar barato em períodos de economia fraca para lucrar quando o ciclo de retomada chegar, empresas como Blackstone, Exxpon e Top Capital estão à caça de ativos “encalhados” – e exigem um desconto mínimo de 30% para fechar negócio.

O maior fundo imobiliário do mundo, o americano Blackstone, diz ter 15,8 bilhões de dólares disponíveis para aquisições. Nos últimos anos, a empresa investiu mais de 1 bilhão de dólares no país – entre os ativos, estão alguns que pertenciam à BR Properties. Segundo o diretor global de investimentos da Blackstone, Kenneth Caplan, o apetite do grupo continua forte.

Para Caplan, o momento conturbado é favorável. “O Brasil está particularmente estressado por causa da baixa performance econômica e da incerteza política. Essas situações tendem a criar boas oportunidades.”

Para o sócio da firma de auditoria e consultoria Grant Thornton, Daniel Maranhão, o interesse dos investidores, principalmente o estrangeiro, é considerável e tende a crescer nos próximos meses. “Tenho sido muito procurado. Tem muita conversa e alguns negócios já estão em andamento. Mas eu acho que os próximos meses serão mais importantes”, ressalta. O executivo aponta a desvalorização cambial e a deterioração do mercado interno como os principais motivos para o interesse de fundos internacionais.

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Entre os investidores que recentemente estiveram com Daniel Maranhão está o sino-americano Tim Chen, da Top Capital, que há dois anos captou um fundo de mais de 1 bilhão de dólares com casas especializadas em administração de fortunas (conhecidos como �family offices�) nos Estados Unidos, China e países árabes, entre outros. “Buscamos hotéis de alto luxo nas principais praças do país e hotéis econômicos nas cidades secundárias e terciárias”, conta Chen, que mira empreendimentos com taxas de desconto de pelo menos 30%.

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Mercado residencial – Já a gestora de recursos Exxpon, especializada em investimentos de alto risco, está atrás de descontos na casa de 60%. “As maiores oportunidades hoje estão no segmento residencial, com o elevado número de distratos (devoluções)”, diz o americano Jonathan Franklin. Os distratos em construtoras somaram 41% de janeiro a setembro de 2015, segundo a agência de classificação de risco Fitch.

A Exxpon investe capital de três grupos americanos, dentre eles a Lamb Partners, gestora da família do bilionário Neil Bluhm. Nos últimos meses, a empresa desembolsou 120 milhões de reais em ativos imobiliários, sobretudo residenciais.

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(Com Estadão Conteúdo)

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