Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

FMI pressiona Argentina a melhorar qualidade de dados de inflação e PIB

O Fundo diz que espera melhorias nos indicadores dentro de 180 dias; ao menos por enquanto, não há menção sobre possíveis sanções ao país

Por Da Redação
1 fev 2012, 20h20

Há suspeitas de que os governos do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner, manipulam indicadores oficiais

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quarta-feira que seu corpo executivo aprovou decisão em que pressiona a Argentina a melhorar, dentro de 180 dias, a qualidade dos dados sobre a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) que fornece ao fundo. “O corpo executivo lamenta a falta de progresso em alinhar os dados de inflação e PIB aos parâmetros internacionais”, diz o comunicado enviado à imprensa.

O governo argentino deve apresentar ao FMI as melhoras implementadas até 6 de setembro de 2012. O FMI não mencionou possíveis sanções. O Fundo já havia anunciado que avaliaria o índice que mede o avanço dos preços no país, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).

Perda de credibilidade – O mercado questiona a veracidade dos dados do Indec pelo menos desde o começo de 2007, quando o então presidente da Argentina, Nestor Kirchner, substituiu parte do pessoal técnico do órgão por pessoas indicadas politicamente. Os economistas acusam o governo de manipular os índices de inflação, o que o governo nega.

Os críticos de Cristina observam que os índices de preços ao consumidor provinciais colocam a inflação consistentemente acima dos 20% anuais. Argumentam ainda que as elevações de salário apoiadas pelo governo, de 20% a 30% anuais nos anos recentes, equivalem a um reconhecimento implícito de que a inflação é mais alta do que os dados do Indec sugerem.

Continua após a publicidade

De acordo com o Indec, os preços ao consumidor subiram menos de 10% em 2011. No ano passado, o governo da presidente Cristina Kirchner chegou a reprimir institutos de pesquisas privados que publicavam suas próprias estimativas de inflação; foi estabelecida uma multa de 500 mil pesos (125 mil dólares) a quem divulgasse índices de preços. Alguns economistas chegaram a ser ameaçados com processos criminais.

Para proteger os analistas, um grupo de parlamentares (que desfrutam de imunidade) passou a publicar um índice alternativo de inflação, submetido por economistas e institutos do setor privado que preferem ficar anônimos. Esse índice subiu 23% no último ano.

(com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.