Proposta para Carrefour viria da matriz, diz Walmart

Segundo Marcos Samaha, presidente da varejista no Brasil, outras aquisições que tragam retorno ao investimento podem ser estudadas

Por Da Redação
13 jul 2011, 15h35

"Expansão orgânica ou aquisição sempre é avaliada pela matriz", diz Marcos Samaha, do Walmart Brasil — Expansão orgânica ou aquisição sempre é avaliada pela matriz (Spencer Platt/Getty Images/VEJA)

Uma eventual proposta do Walmart para aquisição das operações brasileiras do Carrefour seria feita por meio da matriz da nos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira o presidente da varejista norte-americana no Brasil, Marcos Samaha. “Cada loja aberta no Brasil é apresentada como projeto para a matriz (nos EUA), que tem envolvimento na aprovação dos investimentos. A expansão orgânica ou aquisição sempre é avaliada pela matriz”, disse Samaha, em entrevista a jornalistas para o lançamento do projeto “Sustentabilidade de Ponta a Ponta”, em parceria com fornecedores.

“Já fizemos duas aquisições bem estruturadas e geograficamente estratégicas. Outras aquisições que tragam retorno ao investimento podem ser estudadas. Não estamos esperando novas oportunidades, mas investindo no crescimento orgânico”, afirmou o executivo aos questionamentos sobre o possível interesse do Walmart nas operações do Carrefour no Brasil. A varejista adquiriu as bandeiras Bompreço (foco no Nordeste) e Sonae (foco no Sul) em 2004 e 2005, respectivamente.

Samaha ressaltou que a política global da companhia é de não comentar sobre especulações de fusões e aquisições. Ele afirmou que os preços dos ativos no Brasil “estão caros”. “Alguns ativos estão acima do que realmente do gostaríamos que estivessem.”

O executivo salientou ainda que o Walmart tem um compromisso de longo prazo com o Brasil e desde 2006 tem buscado expandir-se com crescimento orgânico. “Com as aberturas deste ano, inauguramos mais de 230 lojas nos últimos cinco anos”, afirmou.

(com Agência Estado)