Eurozona: vendas no varejo caem puxadas por combustíveis

Na leitura anual, as vendas no varejo europeu caíram 0,8%; famílias estão sentindo o peso da crise europeia

Por Da Redação
7 nov 2012, 09h22

Crise econômica já provocou protestos na Espanha (Jean-Philippe Ksiazek/AFP/VEJA)

As vendas no varejo europeu sofreram a maior contração em cinco meses, num outro golpe à fraca economia do bloco monetário. Segundo a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, os altos preços de petróleo no mundo aumentaram o preço do diesel e da gasolina na bomba e desistimularam o consumo dos combustíveis. Com isso, eles pressionaram o indicador de vendas no varejo, que caiu 0,2% em setembro ante agosto.

O resultado foi um pouco pior do que o esperado por economistas, que previam que os volumes caíssem 0,1% em setembro. No entanto, os dados são voláteis e a leitura de agosto foi revisada pela Eurostat para crescimento de 0,2%, ante estimativa anterior de contração de 0,1%.

A leitura anual foi moderadamente melhor do que o consenso das previsões, com as vendas caindo 0,8% em setembro na comparação com expectativas de queda de 1%.

Combustível – As famílias na zona do euro têm sofrido desde a crise financeira global de 2008 e 2009, reprimidas pela renda disponível que cresceu apenas durante a breve recuperação de 2010.

As dificuldades na economia são evidentes nas vendas de combustível automotivo, que caíram 2% em setembro na zona do euro. Já em junho, quando o petróleo estava a 90 dólares o barril, as vendas de combustíveis aumentaram 2%, de acordo com dados da Eurostat.

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Apesar da fraca demanda global por petróleo, uma vez que as economias globais sentem o impacto da crise da dívida da zona do euro, o barril de petróleo avançou para perto de 120 dólares em agosto e continuou alto em boa parte de setembro e outubro.

As vendas de vestuário, equipamentos elétricos e outros bens como produtos medicinais caíram 0,6% no mês.

(com agência Reuters)