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EUA podem aplicar multa de US$ 1,5 bi ao HSBC

Banco separou US$ 800 mi para provável multa por despeito a regras que visam coibir lavagem de dinheiro; valor se soma a US$ 700 mi provisionados no 2º tri

Por Da Redação
5 nov 2012, 11h57

Lucro líquido do HSBC no 3º trimestre vai para 2,5 bilhões de dólares, menos da metade dos 5,2 bilhões de dólares obtidos no mesmo trimestre do ano passado; nova provisão de 800 milhões de dólares por possível multa nos EUA afetou resultado

Uma multa que pode ser aplicada pelo governo dos Estados Unidos por desrespeito a regras que visam coibir a prática de lavagem de dinheiro deve custar ao britânico HSBC mais de 1,5 bilhão de dólares e resultar em acusações criminais, informou o maior banco da Europa nesta segunda-feira.

Segundo denunciou um relatório do Senado americano, de julho passado, o HBUS – a filial americana do HSBC – ocultou operações com o Irã no valor de 16 bilhões de dólares ao longo de seis anos e sua filial mexicana transferiu, entre 2007 e 2008, 7 bilhões de dólares ao HBUS, provavelmente procedentes dos carteis de drogas mexicanos.

Dano irreparável – A instituição afirmou que a investigação nos EUA causou “dano considerável” à sua reputação e a forçou a separar mais 800 milhões de dólares para cobrir uma provável multa por quebra da regra anti-lavagem de dinheiro, somados aos 700 milhões de dólares já separados em julho. O HSBC também provisionou 357 milhões de dólares no terceiro trimestre para compensar clientes do Reino Unido que pagaram indevidamente por seguros de proteção contra a inadimplência dos empréstimos.

“Pode ser significativamente maior”, disse a jornalistas o presidente-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, em teleconferência, acrescentando que a mais recente provisão foi baseada em discussões com as diversas autoridades norte-americanas envolvidas na investigação. O prazo para qualquer definição está nas mão dos reguladores.

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“A resolução de pelo menos parte dessas questões deve envolver acusação criminal corporativa e acusações civis, além da imposição de multas significativas, penalidades e/ou confiscos monetários”, afirmou o banco no demonstrativo de resultados.

Queda do lucro – Também nesta segunda-feira, o HSBC informou que seu lucro trimestral antes de juros, impostos, depreciação e amortização caiu para 3,48 bilhões dólares, ante 7,16 bilhões dólares no ano anterior, refletindo, principalmente, movimentos adversos do mercado de crédito. Também reportou declínio do lucro líquido no período para 2,49 bilhões de dólares, o que supõe menos da metade dos 5,22 de dólares bilhões obtidos no mesmo trimestre do ano passado, já afetado pela nova provisão de 800 milhões de dólares.

O banco comentou que está pagando entre 200 milhões e 300 milhões de dólares a mais a cada ano para atender uma regulação mais firme e melhorar as medidas de conformidade nos EUA, aumentando a pressão sobre Gulliver para cumprir a promessa de cortar custos.

Cortes – Ainda nesta segunda-feira, o HSBC informou que reduziu seu quadro de funcionários em quase 30 mil posições nos últimos dois anos e que mais cortes provavelmente ocorrerão para que o banco alcance suas metas de eficiência de custos.

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A instituição financeira tinha 266 700 funcionários no fim de setembro, ante 296 mil no encerramento de 2010. Neste ano, os cortes somaram cerca de 21 mil funcionários.

Gulliver destacou que cerca de 15 mil cortes ocorreram em meio a vendas de ativos pelo banco e que espera que mais reduções de postos de trabalho ocorram antes do fim de 2013 para melhorar a eficiência do banco. “Nós provavelmente veremos o quadro de pessoal se reduzir mais (…) No tocante à redução orgânica, há ainda trabalho a ser feito”, disse o executivo.

Gulliver afirmou em maio de 2011 que cortaria cerca de 30 mil empregos no HSBC como parte do plano de reestruturação da instituição.

(com Reuters e Agence France-Presse)

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