Emprego na indústria recua 4,5% em fevereiro, aponta IBGE
Trata-se do 41º resultado negativo seguido na comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a janeiro deste ano, no entanto, a queda é menor: 0,5%
O emprego na indústria caiu 4,5% em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do 41º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Em relação a janeiro deste ano, no entanto, a queda é menor: 0,5%. No acumulado dos últimos doze meses, o recuo foi de 3,6%.
Em relação fevereiro de 2014, houve redução de trabalhadores nos dezoito ramos pesquisados, com destaque para meios de transporte (-8,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,2%), produtos de metal (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-8,5%), máquinas e equipamentos (-4,6%), calçados e couro (-7,1%), alimentos e bebidas (-1,3%), vestuário (-3,9%), metalurgia básica (-6,0%) e papel e gráfica (-3,0%).
“A produção está em ritmo menor, um movimento marcadamente observado desde meados de 2013. Isso se reflete seja em contratações ou no número de horas de trabalho”, explicou André Macedo, gerente da Coordenação da Indústria do IBGE. Segundo o gerente, a baixa confiança de consumidores e empresários, o nível de estoques ainda acima do padrão habitual da indústria, a menor demanda de empresas e famílias, o encarecimento do crédito e a própria redução do comércio internacional, com persistente predominância dos importados no mercado interno, prejudicam a indústria.
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Horas pagas – Em fevereiro, o número de horas pagas aos trabalhadores, já descontadas as influências sazonais, apresentou leve queda de 0,1% frente a janeiro (0,2%). Em relação a fevereiro de 2014, o número de horas pagas teve baixa de 5,2%, a 21ª taxa negativa consecutiva. A redução foi registrada nos dezoito ramos pesquisados. No acumulado nos últimos doze meses, o índice manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013, ao passar de -4,1% em janeiro para -4,4% em fevereiro.
Folha de pagamento – O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores (descontada a inflação) recuou 0,9% em fevereiro ante janeiro, após também mostrar queda no primeiro mês do ano (-0,6%). Na comparação com fevereiro de 2014, o valor da folha de pagamento real recuou 6,1%, nona taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde abril de 2003 (-6,8%), com resultados negativos nos dezoito ramos investigados.
(Da redação)