Em Roma, Dilma convida italianos a investir em logística no Brasil
Com crise e Lava Jato, pacote de 200 bilhões de reais em infraestrutura precisará de aportes estrangeiros
A presidente Dilma Rousseff tentou convencer, nesta sexta-feira, autoridades italianas a investirem no pacote de logística lançado há pouco mais de um mês pelo governo. Em visita a Roma, a presidente defendeu que as relações entre os dois países passem a outro patamar. Dilma, que chegou à Itália nesta sexta após participar de reunião de cúpula dos Brics na Rússia, teve encontros separados com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e o presidente do país, Sergio Mattarella. “Discuti tanto com o presidente como com o primeiro-ministro as oportunidades de investimento que se abrem no Brasil na área de ferrovias, por exemplo. Várias empresas italianas podem participar dos leilões, assim como na área de rodovias, portos e aeroportos”, disse Dilma em pronunciamento à imprensa, ao lado de Renzi.
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A presidente tem aproveitado encontros recentes com líderes estrangeiros para tentar atrair investidores para a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) do governo, estimado em quase 200 bilhões de reais.
O investimento em infraestrutura é considerado pelo governo como um dos fatores importantes para alavancar o crescimento, num momento econômico descrito pela presidente na quinta-feira como “extremamente duro” para o país. Ainda há o agravante da Operação Lava Jato, que levou à prisão os presidentes das maiores empreiteiras do país, muitas das quais poderiam se interessar pelas obras do PIL.
Além da área de infraestrutura, Dilma defendeu uma maior parceira entre Brasil e Itália no comércio, e disse que os dois governos acertaram intensificar as relações entre os países. Dilma também aproveitou a visita a Roma para se reunir com o brasileiro José Graziano, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cuja sede fica na capital italiana.
(com Reuters)