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Eletrobras quer repassar dívida de R$ 1,7 bi aos cofres públicos

A dívida diz respeito ao gasto com combustível pela Eletrobras para que fosse usado nas térmicas da região Norte do país, isoladas do restante do sistema interligado

Por Da Redação
19 ago 2014, 22h12

Do total de dívida de 4,9 bilhões de reais que a Eletrobras reconhece junto à BR Distribuidora, 1,7 bilhão de reais podem sobrar para o Tesouro Nacional. Essa é a vontade da Eletrobras, mas, para que isso ocorra, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve arbitrar o caso. A dívida diz respeito ao gasto com combustível pela Eletrobras para que fosse usado nas térmicas da região Norte do país, isoladas do restante do sistema interligado.

Há, no entanto, outros dois cenários possíveis de acontecer, segundo o diretor Financeiro da Eletrobras, Armando Casado, que participou nesta terça-feira de uma reunião com investidores promovida pela Apimec-Rio. Em um dos cenários, a Eletrobras arcaria sozinha todo esse montante, utilizando seu caixa. A outra opção seria a estatal pagar, ao menos, parte dele. A decisão é da Aneel e deve sair ainda neste ano.

Para se livrar da dívida, a empresa argumenta à Aneel que novos parâmetros devem ser usados na avaliação da eficiência das térmicas do sistema isolado, determinantes no cálculo da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), usada para compensar essas usinas por não estarem integradas ao sistema. A empresa diz que o valor deve ser maior do que o reconhecido em um primeiro momento, porque, por se tratar de usinas com 20 anos de vida útil, é natural que o seu consumo de combustível seja maior do que o das novas e, por isso, também a compensação deve ser maior. Como a CCC sai do Tesouro, caberia a ele, portanto, ressarcir a Petrobras pelo uso do combustível e não à Eletrobras.

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“Estão comparando a eficiência de máquinas de 20 anos com a de novas. Queremos que reconheçam essa diferença de eficiência”, disse Casado, acrescentando que essas usinas serão desligadas em breve, assim que for concluída a integração da região Norte ao restante do sistema de transmissão do país e que, portanto, não é justificável melhorar a eficiência dessas térmicas.

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Além disso, a Eletrobras argumenta com a Aneel que os valores cobrados pela BR pelo combustível são superiores aos estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e utilizados no cálculo da CCC. A Eletrobras pede que seja reconhecido o valor cobrado pela BR para o cálculo da compensação pelo Tesouro e não o determinado pela ANP.

Se reconhecido pela Aneel que há 1,7 bilhão de reais a ser ressarcido pelo Tesouro à BR, a Eletrobras irá diminuir sua dívida com a distribuidora pela compra de combustível para atender ao sistema isolado para 3,2 bilhões de reais. Porém, há mais 2,3 bilhões de reais em negociação com a controladora Petrobras, relativos a atrasos no pagamento de gás natural para a Amazonas Energia

Investimento – No evento, o diretor disse ainda que a Eletrobras iráinvestir mais de 80% do orçamento previsto para este ano, de 14,13 bilhões de reais. Até junho deste ano, foram gastos 4,658 bilhões de reais, o equivalente a 32% do total. Segundo ele, tradicionalmente, a companhia não chega a atingir 100% do orçamento por motivos eventuais, como climáticos, que atrapalham o andamento das obras.

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(Com Estadão Conteúdo)

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