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Dólar fecha a R$ 2,17 e BC volta a intervir

Moeda americana atinge maior valor em quatro anos; investidores aguardam decisão do Fed, o bc americano, na próxima quarta

Por Da Redação
17 jun 2013, 18h00

O dólar à vista negociado no balcão superou o patamar de 2,170 reais, com o mercado testando a possibilidade de o Banco Central (BC) em segurar a moeda. A autoridade monetária manteve-se fora dos negócios na maior parte do dia, mas anunciou um leilão de swap (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) perto das 16h30, no encerramento do mercado à vista. Isso não alterou o fechamento da moeda no balcão, mas fez o dólar para julho desacelerar, de forma consistente, seus ganhos no mercado futuro, que encerra às 18 horas.

A alta do dólar, ante outras divisas com elevada correlação com commodities, o cenário externo indefinido e as preocupações com a economia brasileira davam força à moeda americana no Brasil. O dólar encerrou o dia com avanço de 1,31% no balcão, a 2,1720 reais, no maior patamar de fechamento desde 30 de abril de 2009, quando encerrou a 2,1880.

A moeda à vista operou em alta durante toda a sessão. Na mínima, na abertura dos negócios, o dólar atingiu 2,1450 reais (+0,05%) e, na máxima, vista às 16h17, marcou 2,1780 (+1,59%). Perto das 16h50 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro reduzido, de 1,182 bilhão de dólares, sendo 1,087 bilhão em D+2. O dólar pronto da BM&F teve alta de 1,33%, para 2,1713 reais, com apenas 25 negócios registrados. No mercado futuro, o dólar para julho era cotado a 2,1690, em alta de 0,56% – abaixo dos 2,1830 reais vistos pouco antes de o Banco Central anunciar o leilão de swap.

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Pela manhã, o dólar registrava perdas ante diversas divisas com elevada correlação com commodities no exterior, mas mantinha-se em alta frente ao real. As preocupações com a economia brasileira – reforçadas pelos dados do Boletim Focus, do Banco Central – favorecia o movimento, com os investidores também à espera do resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na próxima quarta-feira.

No Boletim Focus, o mercado projetou uma inflação de 5,83% em 2013, acima da taxa de 5,80% do relatório anterior, e um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,49% este ano, abaixo dos 2,53% de antes. Para 2014, a estimativa mediana permaneceu em 5,80% para a inflação e 3,20% para o PIB. No caso do câmbio, as taxas para o fim de 2013 e 2014 permaneceram, respectivamente, em 2,10 e 2,15 reais.

Especialistas continuaram citando, assim como na última semana, este ambiente de preocupação com a economia brasileira como motivo para o avanço da moeda americana. À tarde, o dólar passou a subir de forma firme em comparação com outras divisas de elevada correlação com commodities, como o dólar australiano e o canadense, o que deu um impulso adicional à moeda no Brasil. “O mercado também está aproveitando para testar o Banco Central, para ver se ele vai entrar vendendo”, comentou durante a tarde Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora. “Na verdade, o BC já deveria ter entrado, porque o dólar está acima de 2,15 reais e a inflação está batendo lá em cima”, opinou.

No fechamento dos negócios no mercado à vista, o Banco Central finalmente anunciou leilão de swap cambial das 16h40 às 16h50 de hoje. Foram oferecidos até 40 mil contratos para os vencimentos em 01 de agosto e 02 de setembro de 2013. O valor financeiro da oferta é de até 2 bilhões de dólares. O anúncio fez a cotação do dólar para julho desacelerar para menos de 2,170.

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(com Estadão Conteúdo)

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