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Diretor do FMI aponta risco de superaquecimento

Contudo, Dominique Strauss-Kahn diz acreditar que o corte implementado pelo governo vai surtir o efeito programado e conter a aceleração da economia

Por Gabriel Castro
3 mar 2011, 15h23

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, reconheceu nesta quinta-feira o risco de um superaquecimento da economia brasileira, que registrou expansão de 7,5% em 2010. Ele ressaltou, entretanto, que as medidas recentes adotadas pelo governo – como o contingenciamento do Orçamento de 2011 e as elevações das taxas de juros – devem surtir efeito para desacelerar o ritmo de crescimento do PIB: “Minha impressão é que o governo está muito atento e estou confiante de que o que virá nos próximos meses estará no caminho certo”, declarou. A opinião do economista contrasta com a aposta dos analistas brasileiros, que já enxergam sinais claros de desaceleração no país.

Strauss-Kahn também classificou a situação brasileira como “um exemplo” de país que corre o risco de superaquecimento após a superação da crise econômica global. Por outro lado, citou o corte de 50 bilhões de reais anunciado pelo Executivo e a política monetária em vigor como medidas adequadas para arrefecer a atividade econômica. Na avaliação dele, o desafio é promover o que chamou de “crescimento inclusivo”: “Muito foi feito no Brasil nos últimos anos. Agora, ainda há muito o que fazer. A questão é saber usar os recursos e lutar pela igualdade”, afirmou. O francês ressaltou ainda que a meta dos países deve ser uma expansão sustentável do PIB, em lugar de uma aceleração rápida seguida de uma queda no desempenho.

O diretor do FMI reuniu-se na tarde desta quinta com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília. Os dois discutiram, além do risco de superaquecimento do Brasil, o panorama econômico global. Para ele, o cenário é positivo na América do Sul e na Ásia, mas ainda “incerto” nos Estados Unidos e na Europa.

O comandante do Fundo também demonstrou preocupação com a situação do Norte da África, onde revoltas populares provocaram uma escalada no preço do petróleo. Depois da reunião com Mantega, Strauss-Kahn seguiu para um encontro com a presidente Dilma Rousseff. Antes de se reunir com o ministro da Fazenda, o francês havia se encontrado com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

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