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Dilma diz desconhecer atraso de pagamentos da Argentina

Empresários a pressionam governo brasileiro para encontrar uma solução urgente. Indústria automobilística está entre os setores mais afetados

Por Da Redação
23 set 2014, 15h55

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira não ter conhecimento sobre a decisão da Argentina de suspender novamente o fluxo de pagamento aos exportadores brasileiros. “Meu querido, eu não vou me manifestar aqui sobre governo de ninguém. Se for isso, nós vamos tomar providências, eu não sei do que se trata. Você está falando de uma coisa que eu não sei, não vou responder”, respondeu Dilma durante coletiva de imprensa em Nova York, após participar da Cúpula do Clima.

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Os atrasos levaram os empresários dos setores mais prejudicados a pressionar o governo brasileiro para encontrar uma solução urgente. A indústria automobilística é a mais afetada justamente em um momento em que enfrenta problemas com o baixo crescimento doméstico. Autoridades econômicas e diplomáticas tentam um acordo para retomar o fluxo de remessas dos pagamentos e a indústria cobra uma posição mais dura de Brasília junto ao governo argentino.

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Reservas – A Argentina vivencia escassez de dólares, sobretudo em um período de fim da safra agrícola com queda significativa nas exportações. Negociadores brasileiros abriram conversas para tentar regularizar o fluxo de pagamentos aos exportadores nacionais, mas fontes informaram que há pouco otimismo. A falta de divisas na Argentina impede uma pressão muito forte por parte do Brasil e pode reduzir ainda mais o fluxo comercial entre os dois países.

Os importadores argentinos de produtos brasileiros precisam depositar no Banco Central pesos para o pagamento das suas compras. Em seguida, os pesos são convertidos em dólares para o pagamento das empresas brasileiras. Mas o processo tem sofrido atrasos, uma vez que o governo da presidente Cristina Kirchner limita a saída de moeda do país para conter a queda das reservas internacionais. As reservas em moeda estrangeira da Argentina totalizam 28,2 bilhões de dólares, quase 9 bilhões de dólares a menos que há 12 meses.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Argentina, Alberto Alzueta, disse que os argentinos têm autorização somente para comprar petróleo e gás e medicamentos. Os demais produtos ficam em segundo plano. “O quadro que é bastante cinza, vai ficar negro”. Uma fonte graduada afirmou que a presidente Kirchner tem tentado marcar uma reunião bilateral com Dilma Rousseff em Nova Iorque, em paralelo à reunião da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começou nesta terça-feira.

(Com Estadão Conteúdo)

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