Dilma deve sinalizar correção de ao menos 4,5% no IR
Segundo jornal, gesto ao Congresso serviria para evitar que Legislativo derrube o veto presidencial contra um reajuste de 6,5%
A presidente Dilma Rousseff (PT) deve fazer um gesto ao Congresso na semana em que se prontificará a corrigir em pelo menos 4,5% a tabela do Imposto de Renda (IR) da pessoa física. Segundo apurou o jornal Folha de S. Paulo, o objetivo é evitar mais uma derrota no Congresso. Para isso, o governo tentará mobilizar a base de apoio, argumentando que um reajuste maior prejudicaria o esforço fiscal para reduzir o gasto público.
Nas contas do governo, se a correção da tabela ficar em 4,5%, o impacto será de 5,3 bilhões de reais. Se subir para 6,5%, custará aproximadamente 7 bilhões de reais. A correção da tabela em 4,5% foi uma das promessas de campanha de Dilma, mas a deterioração nas contas públicas fez o Planalto reconsiderar a conveniência da proposta. Segundo a Folha, há duas correntes mais fortes na Esplanada: uma que defende a correção em 4,5% e outra que sugere um índice um pouco maior, mas não superior a 5%.
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Nos bastidores, especula-se que ou Dilma faz um aceno ao Congresso ou muito possivelmente a Casa derrubará o veto presidencial contra um reajuste de 6,5%, de janeiro passado. Este desfecho fragilizaria ainda mais a imagem do Planalto e da própria equipe econômica em relação a sua capacidade de evitar a aprovação de “bombas fiscais” no Legislativo.