Para acelerar economia, Dilma promete recursos a ministérios
Após PIB decepcionante, governo estuda facilitar negociação de dívidas privadas e desonerar investimentos privados
Em reunião com ministros no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, para debater ações para acelerar a economia, a presidente Dilma Rousseff determinou a liberação de recursos orçamentários para os ministérios, informou uma fonte. A ideia é reforçar os investimentos públicos, inclusive as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, houve uma promessa de liberação de recursos de restos a pagar de peças orçamentárias de anos anteriores.
A fonte afirmou ainda que o governo mantém a decisão de não flexibilizar a meta de superávit primário – economia feita pelo setor público para pagamento de juros – para dar novos incentivos à economia. Os ministros sublinharam ainda que as ações já tomadas pelo governo para reativar a atividade, como a desoneração da folha de pagamento, vão surtir efeito a partir do segundo semestre.
A reunião foi convocada após a divulgação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos três primeiros meses do ano, de apenas 0,2%. As contas nacionais, divulgadas na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também mostraram queda nos investimentos no período.
A presidente recebeu os titulares da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do Planejamento, Miriam Belchior, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Dívidas – O governo estuda ainda uma redução de tributos que oneram os investimentos privados no país e a facilitação de renegociação de dívidas de consumidores com os bancos, num esforço para reduzir os altos índices de inadimplência.
Após o encontro, Dilma defendeu uma ação coordenada dos grandes atores da economia mundial para enfrentar a crise econômica.
(Com Reuters)